“Li o artigo O projeto de cinema no presídio, do juiz do Trabalho Alessandro da Silva, e companheiro na Associação de Juízes para a Democracia do magistrado que instituiu o programa.É extremamente fácil falar sem conhecimento de causa. Conclusão lógica pelas colocações feitas. De fato, o referido programa é louvável. Entretanto, acima de nós há uma Constituição Federal, alicerce do Estado Democrático de Direito e que prevê a independência entre seus poderes, de modo que um não pode interferir e instituir programa no outro. Pudera, seria fácil e cômodo a qualquer dos outros instituírem mutirões de sentenças no Judiciário e assim abreviar os anos de espera para o fim de um processo.
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Não podendo ser longo, é verdade que Santa Catarina tem os presos mais queixosos do país. Mas também é verdade que tem hoje a corregedoria mais atuante de sua história. Tem uma academia que já ofereceu mais de 2 mil vagas em cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação. É o Estado com maior número de apenados trabalhando, além de apresentar o menor índice de evasão e possuir uma média de 11,7% dos reclusos estudando, enquanto a nacional é de 8,7%. E mais: Santa Catarina é o Estado onde mais cresceu o Programa de Penas e Medidas Alternativas.
Com os recursos do Pacto por Santa Catarina serão oferecidas mais de 6 mil vagas até o final de 2014 e o Estado está realizando concurso para admissão de novos agentes penitenciários e de atendimento socioeducativo, ambos com exigência de formação superior. No sistema socioeducativo serão dobradas até o final de 2014 as vagas com a construção de unidades novas e adequadas ao que há de mais moderno e eficaz. Ou seja, o Estado está humanizando o sistema e respeitando a cidadania.“