Desde que assumi a Secretaria da Saúde, há seis meses, participo intensamente das ações e da realidade da saúde pública catarinense. Hoje posso dizer: sim, temos vários problemas e muitas vezes somos vistos como “patinho feio” do serviço público. Mas como dizer que a saúde em Santa Catarina é ruim se vários exemplos dizem o contrário?

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Não pode ser ruim a saúde de um Estado que tem a população mais longeva e a menor taxa de mortalidade entre todos os outros da federação. Temos a única capital sem transmissão de dengue e por 14 anos não tivemos registro de contágio dentro do território catarinense. Nossas campanhas de vacinação são bem-sucedidas.

Controles sanitário e epidemiológico, vacinação, prevenção. Isso tudo é saúde pública, é SUS. Se vivemos em média 77 anos e o IBGE diz que a taxa de mortalidade de bebês catarinenses é a menor do país, com 9,2 mortos a cada mil nascidos vivos, significa que fazemos um bom trabalho na atenção básica à saúde.

Embora a atenção básica seja executada pelos municípios, o Estado é muito importante nesse trabalho. Tanto assim que Santa Catarina é um dos poucos que investiu em no ano passado R$ 42 milhões no Programa Estratégia Saúde da Família. Em 2007, eram R$ 7 milhões. De lá para cá, o aporte só aumentou. E em 2014 vamos investir R$ 50,4 milhões na atenção básica.

Temos que melhorar? Temos! Nossos hospitais têm problemas? Têm! Não estamos alheios a isso. Mas não podemos pensar como 25 anos atrás, quando, antes do SUS, a saúde se resumia às emergências dos hospitais. Cada um tem responsabilidade com a própria saúde e de quem nos cerca. Por exemplo, cada um tem de cuidar da higiene de casa para não deixar proliferar focos do mosquito da dengue, assim como precisa ser prudente para evitar acidentes. Se todos fizermos nossa parte, a saúde será cada vez melhor.

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