“Tive a oportunidade de conhecer mais de perto o funcionamento da saúde pública de alguns Estados e de saber um pouco da realidade do atendimento em saúde na Inglaterra.A convite do governo britânico, participei de um encontro de saúde entre Brasil e Reino Unido, em Londres. Vi muitas boas práticas a serem seguidas. Mas também foi muito gratificante perceber que Santa Catarina é exemplo em muitos aspectos, inclusive aos europeus.
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O serviço de atendimento a emergências inglês (corresponde ao Samu), por exemplo, é bastante eficaz no atendimento à população. Lá não há médicos nas ambulâncias, somente socorristas – paramédicos, que fazem um curso de graduação de três anos. Além das ambulâncias, os socorristas atendem em bicicletas. Um único helicóptero dá suporte ao país inteiro. Os socorristas de lá fazem também o trabalho de nossos bombeiros. O objetivo é atender o paciente onde ele pediu socorro. Só quando esse atendimento final não é possível é que o cidadão é levado ao hospital.
O sistema universal de saúde britânico tem 65 anos. O nosso, 25. Mesmo com uma larga experiência em saúde pública, a Inglaterra viu a necessidade de reformular, nos últimos 15 anos, o sistema de saúde pública. E há 10 anos, o governo dobrou o aporte de recursos para a saúde. O fato de o SUS brasileiro ser um jovem de 25 anos que trilha um bom caminho, mas precisa de ajustes, não minimiza nossa responsabilidade de fazer com que nosso sistema seja efetivamente universal, atendendo cada um dos cidadãos. Em Santa Catarina evoluímos dia após dia.
Os resultados ainda não são os que desejamos. Porém, é gratificante termos a maior expectativa de vida brasileira e a menor taxa de mortalidade infantil. E servir como referência em transplantes também nos dá força para seguir em frente, pois estamos no caminho certo.“
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