Um marco na estratégia de desenvolvimento logístico de SC e do sul do Brasil acontece hoje, em Chapecó: a assinatura do contrato que dará início ao Estudo de Viabilidade Técnica e ao Projeto Básico do Corredor Ferroviário de SC. Mais um importante projeto de infraestrutura (R$ 46,5 milhões) que tem o objetivo de elevar o percentual de participação do modal ferroviário na matriz brasileira de transporte.
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Em um país de dimensões continentais como o Brasil, a preferência pela via rodoviária não é a melhor opção. Enquanto um caminhão transporta em média 35 toneladas, apenas um vagão pode transportar 130 toneladas. Além disso, o transporte ferroviário apresenta custo de frete 50% inferior ao rodoviário em longas distâncias.
Essa opção rodoviária foi uma decisão deliberada, especialmente a partir da década de 1950. Na conjuntura histórica de fomento à industrialização e consolidação do mercado interno como motor do desenvolvimento, era inevitável e urgente a implementação de projetos de envergadura regional e nacional que oferecessem alternativas de escoamento da produção com custos menores.
Em 2010, foi lançado o Plano de Investimento em Logística, que, entre outros investimentos em infraestrutura, pretende expandir a malha ferroviária para 40 mil quilômetros de linhas férreas até 2020. Entre os investimentos destacam-se as obras da Ferrovia Norte-Sul (mais de 2 mil quilômetros), a Transnordestina (1,7 mil quilômetros) e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (mil quilômetros).
Celso Furtado e Caio Prado Junior nos ensinaram que um sistema de transporte pouco integrado é um dos principais sintomas de uma economia organizada “para fora,” comandada por interesses exógenos, subdesenvolvida. O governo brasileiro está empenhado na construção do Corredor Ferroviário de SC porque sabe que a Ferrovia da Integração será mais uma locomotiva a puxar o novo ciclo de desenvolvimento de SC e do sul do Brasil.
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