A expectativa da Secretaria de Estado da Educação é que a adesão à greve do magistério da rede estadual, marcada para começar na próxima segunda-feira, é que as aulas sigam normalmente, sem prejudicar os alunos, já que a adesão não deve ser elevada. Enquanto isso, Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) trabalha para mobilizar a categoria.
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De acordo com o Secretário de Educação, Eduardo Deschamps, uma orientação foi enviada aos diretores dos colégios, pedindo para manterem as escolas funcionando normalmente. Também foi solicitado o lançamento das faltas.
Além disso, para as turmas que estiverem sem professores, será providenciado outras atividades para o aluno. Para Deschamps, o estudante não pode ser prejudicado novamente, já que no ano passado, 60% dos 380 mil alunos da rede tiveram prejuízos com a greve.
O secretário prefere aguardar segunda-feira para falar sobre a adesão à paralisação.
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– Nossa expectativa é que ela não seja elevada, porque estamos explicando os ganhos que já foram obtidos pelo magistério ao longo desses meses. Também vimos muita opinião contrária à greve, principalmente de pais dos alunos – relatou.
Entre os benefícios que a categoria recebeu, o secretário ressalta que, com a última proposta apresentada, o salário de um professor com doutorado terá, até dezembro de 2013, um aumento de 70%, comparado com o o que recebia em abril de 2011:
– Enquanto isso, o percentual de aumento acumulado do piso em 2011 e 2012 foi de 41%. Ainda que aumente cerca de 20% em 2013, o reajuste do piso não vai chegar aos 70% que um professor de doutorado recebeu. É uma proposta boa e o governo cumpre a lei.
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Deschamps voltou a afirmar que não haverá nenhuma reunião com o Sinte antes de segunda-feira e que as negociações só serão retomadas quando os professores voltarem para sala de aula:
– Quem interrompeu as negociações foi o Sinte ao decretar greve. Se eles voltarem para a sala de aula, no dia seguinte estaremos sentados para conversar – afirmou.
Sindicato pede que as negociações continuem
O coordenadora do Sinte, Alvete Bedin, informou que seria protocolado, nesta quarta-feira, o ofício pedindo ao secretário a continuação das negociações. Eles pedem que o reajuste de 22% dado ao piso nacional do magistério, em fevereiro, seja repassado a todos os professores, neste ano, e sem parcelamento, como foi sugerido.
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– Queremos que o governo apresente uma nova proposta, melhor e que respeite o piso – declarou.
Na segunda-feira, as regionais do sindicato irão fazer assembleias para organizar o movimento. Eles também irão explicar aos pais e aos alunos os motivos da paralisação, que é por tempo indeterminado. Na próxima quarta-feira, haverá a primeira reunião do comando de greve.