O mandatário da República, Jair Bolsonaro (sem partido), justificou na manhã desta terça-feira (9), em entrevista ao Jornal da Cidade Online, a filiação ao Partido Liberal (PL), sigla do bloco chamado Centrão. Segundo o presidente, mesmo que inicialmente tenha rechaçado o bloco, ele foi obrigado a se aliar ao grupo político para tentar a reeleição ao Palácio do Planalto no próximo ano.
— Se você tirar o Centrão, tem a esquerda, pra onde é que eu vou? Tem de ter um partido se eu quiser disputar as eleições de 2022. Eu não leio jornal, o pessoal entrega pra mim uma matéria ou outra. Se eu leio, eu não trabalho, ou chego envenenado aqui — disse.
O titular do Planalto ainda questionou os críticos à filiação ao bloco — Quer que eu converse com o PSol e PCdoB, que não são Centrão? Tem 513 deputados e 81 senadores, essa é minha lagoa, esses são os peixes na lagoa que tenho de convencê-los a votar nas minhas propostas. Não tenho como sair fora da lagoa — salientou o mandatário.
Jair Bolsonaro é o 38º Presidente do Brasil. Capitão reformado do Exército, ele é natural de Glicério, no interior de São Paulo, mas fez carreira política no Rio de Janeiro – (Foto: Tiago Ghizoni/NSC Total/BD)
Bolsonaro foi deputado federal por sete mandatos, entre os anos de 1991 e 2018. Ele foi eleito presidente em 2018 pelo Partido Social Liberal (PSL) – (Foto: PR/Divulgação/BD)
Jair Bolsonaro foi vítima de um atentado à faca em outubro de 2018, às vésperas da eleição presidencial. Ele foi eleito no segundo turno derrotando o candidato do PT, Fernando Haddad, com 55,13% dos votos válidos – (Foto: Tiago Ghizoni/NSC Total/BD)
Bolsonaro se apresenta como um político conservador, defensor de políticas de segurança pública mais rigorosas e defesa de valores familiares. Desde sua campanha para a presidência, passou a defender pautas ligadas ao liberalismo econômico – (Foto: Mauro Pimentel/AFP/BD)
Muitos de seus posicionamentos são considerados controversos, como a defesa da tortura como prática legítima e posições contrárias aos direitos da população LGBTQIA+ – (Foto: Tiago Ghizoni/NSC Total/BD)
A postura de Jair Bolsonaro frente à pandemia de coronavírus foi criticada por diferentes setores da sociedade brasileira e teve forte repercussão internacional – (Foto: Alan Santos/PR/Divulgação/BD)
Após negar a gravidade da doença, Bolsonaro incentivou o uso de medicamentos ineficazes, desacreditou a eficácia das vacinas e foi formalmente acusado de diferentes crimes por uma CPI instaurada no Senado Federal – (Foto: Alan Santos/PR/Divulgação/BD)