“Apenas três letras, tão-somente uma sílaba e eis a palavra mais importante de todos os vocabulários: paz. Pelos quatro cantos do mundo todos a almejam, mas poucos a encontram. Sem ela a família se destroça, as nações entram em pânico e a humanidade perde o rumo. Paz é antônimo de violência, é sinônimo perfeito de justiça, é a couraça de quem é manso e humilde de coração. Assim como a roupa cobre o corpo, a paz envolve a alma. A ausência da paz faz o ser humano perder o equilíbrio, possibilitando-lhe atitudes animalescas e por isso mesmo tornando-o furioso até diante de banalidades. Não basta pronunciar o vocábulo paz.
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É imprescindível que todos a pratiquem fervorosamente, através de um semblante sempre sereno. A criança sorri mais porque seu ego ainda está livre dos grilhões que os adultos acumularam. A sisudez deixa transparecer um abatimento que se aloja na criatura humana, transformando-lhe o semblante e afastando as outras pessoas do convívio. E considerando que o ser humano não foi criado para viver isolado, torna-se fácil concluir qual será o resultado disso.
A Semana Santa, que culmina com a morte e a ressurreição de Cristo, ano após ano está a indicar o caminho que nos possibilitará conseguir a preciosa e sonhada paz. Jesus a praticou no mais alto grau e a desejou a todos: “A paz esteja convosco” (João 20:19). Continuamos distantes de uma paz verdadeira. Em cada esquina se esconde o espectro da violência. Até quando? No eco de nosso grito ouve-se a resposta: “A paz esteja convosco”. Então, por que não a conseguimos? Se esse quadro não mudar, a pequena palavra de uma só sílaba ecoará nas alturas, sem que a consigamos dela desfrutar. Se Cristo voltasse ficaria decepcionado ao constatar que a humanidade continua carente de paz duradoura. E outra vez diria: “A paz esteja convosco”. Feliz Páscoa.“