Sem entendimento com a Vigilância Sanitária sobre as escolas estaduais interditadas em Joinville, a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) elabora um laudo técnico da situação de todas as unidades fechadas em dezembro pelo órgão de fiscalização. Se for preciso, ainda na quarta-feira, a SDR deve acionar a Justiça e pedir a reabertura das escolas. A volta às aulas na rede estadual de ensino está marcada para esta quinta-feira.
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Para o gerente de infraestrutura da SDR, Fabiano Lopes de Souza, a Vigilância informou extraoficialmente que seis das nove escolas interditadas não serão reabertas. Segundo a fiscal sanitarista Lia de Abreu, a Nagib Zattar, do Jardim Paraíso, já foi liberada, e as escolas Gertrudes Benta Costa, do Petrópolis, e Tufi Dippe, do Iririú, devem ser reabertas na quarta.
– Ela (Lia) disse que não abriria mão da interdição. Inclusive, das escolas que vão receber a licitação na semana que vem. Não adianta começarmos uma obra de manutenção se vamos investir em uma obra muito maior em seguida -, argumenta o gerente.
– Estamos produzindo um laudo técnico, um trabalho bastante complicado. Mas estamos criando embasamento jurídico para, se for preciso, buscar a liminar -, acrescenta.
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Sem risco
Para a SDR, as escolas não oferecem riscos iminentes às crianças.
– Queremos ter ainda um entendimento com a Vigilância para encontrar uma forma de as reformas e ampliações serem realizadas durante as aulas. Nas escolas Conselheiro Mafra e Maria Amin Ghanem, é possível -, diz Lopes.
Em 2012, o Estado já tentou acionar a Justiça para pedir a reabertura das escolas. Mas não teve sucesso antes do início das aulas. As escolas Francisco Eberhardt, de Pirabeiraba, a Maria Amin Ghanem, no Aventureiro, e a Plácido Olímpio, no Bom Retiro, adiando o ano letivo de 1,5 mil crianças.
O governo estadual destinou R$ 700 mil para reformas emergenciais nas escolas de Joinville. Outras cinco vão ganhar obras de ampliação ainda neste ano, promete a SDR.
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