O relógio marcava pontualmente 22h quando os primeiros acordes de “Gas In the Dark” anunciaram a chegada dos Scorpions no Hard Rock Live em São José, na Grande Florianópolis, na noite de quinta-feira (20).
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Misturando clássicos e músicas do álbum lançado em 2022, “Rock Believer”, que dá nome à turnê, a apresentação chamou a atenção pela energia da banda, que com 58 anos de carreira, cativou fãs de diferentes gerações durante uma hora e meia.
O quinteto não economizou sorrisos, dancinhas e solos instrumentais – o do baterista Mikkey Dee, por exemplo, durou pelo menos cinco minutos e, junto com a execução do clássico “Still loving you”, tocada já na despedida da noite, foi um dos momentos que mais rendeu aplausos e engajou o público.
O vocalista Klaus Meine, de 74 anos, também não poupou agrados aos fãs. Com uma bolsa de baquetas ao lado do pedestal de microfone, distribuiu as varetas, em dois momentos, àqueles que conseguiram um lugar mais perto do palco.
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Expectativas e gerações unidas
Paula Caroline Outeiro Rodrigues, de 27 anos, estava na expectativa de ouvir The Zoo, clássico dos anos 80 presente no álbum “Animal Magnetism”, lançado cerca de 16 anos antes dela nascer.
A jovem veio de Brusque, no Vale do Itajaí, e teve o desejo atendido já nos primeiros minutos de evento.
— O Scorpions é uma boa excepcional. Eles influenciaram toda uma geração de bandas. São únicos — afirma.

Esse foi o segundo show que assistiu da banda. Em 2019, ela esteve em Curitiba, quando chuva forte e granizo atingiram o palco do grupo e a apresentação foi interrompida. — Agora, sem pedra na cabeça de ninguém — brincou.
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Mãe e filha, Daniele Philippsen, 52 anos, e Isabelle Philippsen, de 21 anos, queriam apenas curtir em família o gosto pelo rock que as duas têm em comum. Elas vieram de Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina, só para cantar com Klaus e turma.
Daniele conta que a mãe dela também era muito fã de Scorpions e vê a ida ao show como um tributo a ela.
— A gente vai seguindo os passos dos pais, né? E os filhos também vão seguindo nossos passos. A gente gosta muito. Já fomos em shows [de outras bandas] também fora do estado — destaca.
Nostalgia
Músicas do novo álbum, como “Peacemaker” e “Rock believer”, que dá nome ao disco, apareceram no setlist e mostraram que os roqueiros se adequaram às tendências musicais atuais. Mas foram os clássicos que fizeram o público vibrar com mais intensidade.
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Em “Send me an angel”, uma das baladas mais famosas, os fãs acenderam as lanternas dos celulares e, emocionados, cantaram os refrões junto com o vocalista. O coro se intensificou depois do assobio que abre “Wind of Change”.
O casal Abel Cechinel, 50, e Mara Cechinel, 53, no entanto, saiu de Blumenau com o desejo de ouvir os riffs marcantes da igualmente famosa, porém mais enérgica, “Rock you like a hurricane”.

Tocado no encerramento da noite, a densidade do clássico deixou os fãs com a admiração renovada e desejo de mais algumas horas de show. A apresentação terminou pontualmente às 23h30.
— A gente namorava e ouvia os Scorpions. Começou com a fita, foi para o vinil e, depois, para o CD. Ouvimos em todas as mídias — lembra Abel.
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Confira a setlist do show
01. Gas in the tank
02. Make it real
03. The Zoo
04. Coast to coast
05. Seventh sun
06. Peacemaker
07. Bad boys running wild
08. Delicate dance
09. Send me an angel
10. Wind of change
11. Tease me please me
12. Rock believer
13. New Vision+Drum Solo+The Slot
14. Blackout
15. Big city nights
16. Still loving you
17. Rock you like a hurricane
Confira uma entrevista com os músicas da Scorpions
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