Os preparativos para a 27ª Schützenfest começaram em Jaraguá do Sul e a principal festa germânica do Vale do Itapocu terá um novo desafio que vai além de organizar o evento: a Fundação Cultural está lutando para que as tradições germânicas – a festa, as sociedades de tiro e a gastronomia – sejam reconhecidas como parte do patrimônio histórico e cultural do País. Além disto, a festa, neste ano, está programada para novembro, dos dias 12 a 22, em vez do tradicional outubro.
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Segundo o presidente da Fundação Cultural, Sidnei Lopes, Santa Catarina não tem um evento cultural que seja reconhecido como patrimônio histórico e cultural, por isso, a FC e as demais entidades municipais estão escrevendo uma carta para que se torne primeiro patrimônio municipal e, depois, avance para os níveis estadual e federal.
– Desejamos que a Schützenfest com as sociedades de tiro e a gastronomia se torne patrimônio histórico e cultural, pois nossa cultura é tão rica quanto o bumba meu boi no Amazonas ou o acarajé na Bahia, que são patrimônios nacionais. – revela Lopes.
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O processo é longo, mas é uma forma de garantir que a cultura seja preservada independentemente de quem esteja na gestão do município, segundo Lopes.
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Para a 27ª edição, a organização buscou ouvir a população e repensar a forma que estava fazendo a festa. Segundo o presidente da FC, Lopes, a intenção é atrair as pessoas que não frequentam mais ou que viajam para outros locais em busca dos eventos de outubro.
– Seremos a única festa germânica em novembro. Com isso, iremos trazer bandas melhores, comidas mais típicas e não teremos concorrente direto, como a Oktoberfest de Blumenau.
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O presidente das Associações de Clubes e Sociedades de Tiros do Vale do Itapocu (ACSTVI), Wilson Bruch, afirma que Schützenfest deixará de ser mais uma festa de outubro em Santa Catarina, pois há diversas opções neste mês. Bruch destaca que novembro será um mês mais tranquilo porque, a cada dois anos, ocorrem às eleições em outubro – como ano que vem acontecem as eleições municipais. E os trabalhadores recebem a primeira parcela do 13º salário.
Uma garantia é de que os preços dos ingressos serão iguais. De segunda-feira a quinta-feira serão cobrados R$ 5. Já de sexta-feira a domingo serão R$ 10. Lopes destaca que vão manter os dias sem entrada e aperfeiçoar os espaços. Uma mudança será no restaurante, que fica no pavilhão A e irá para o pavilhão B.
– Vamos trazer ideias das outras festas, como eles também aproveitam nossas ideias. Queremos resgatar as tradições com criatividade – explica o presidente da Comissão Central Organizadora (CCO), Marcelo Heinz Prochnow.
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Agora, a CCO, dividida em diretorias, começa os preparativos desde licitações até divulgação do evento. Também serão requisitados recursos por meio do governo estadual e pela Lei Rouanet, do governo federal.