Muita coisa pode acontecer até os Jogos Olímpicos de Pequim, mas Robert Scheidt e Bruno Prada já começaram a trabalhar de olho na disputa. Mesmo sabendo que terão uma complicada seletiva com Torben Grael e Marcelo Ferreira pela vaga brasileira na Star, os dois testam neste final de semana o barco com o qual podem tentar mais um ouro para o Brasil.
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– Firmamos parceria com um estaleiro alemão, o Mader, que produzia barcos de Star muitos bons há alguns anos, perdeu mercado e está tentando voltar – comentou Scheidt, que vai competir pela primeira vez com o novo barco a partir de sábado, durante o 7º Distrito da classe Star, competição realizada no Yacht Club Santo Amaro (YCSA), na represa de Guarapiranga, em São Paulo.
– Se até lá a gente tiver segurança neste barco, é para Pequim, sim – revelou.
Batizada de Guarini (guerreiro, em tupi-guarani) e projetada por Juan Kouyoumdjian, o mesmo desenhista dos barcos ABN Amro 1 e 2 da última Volvo Ocean Race, a embarcação, porém, ainda tem que ser muito trabalhada para desbancar o modelo italiano Lilia, atualmente usado pela dupla.
– Até termos certeza que achamos um barco melhor que o Lilia, nós vamos continuar com este, que é bem consagrado. É uma preocupação a menos porque você vai estar no mínimo com o mesmo equipamento que seus adversários – ressaltou Scheidt, exemplificando a popularidade do Lilia no mundo na vela. O barco italiano, inclusive é o que será usado por ele no Mundial de Cascais, em julho.
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Ele explica que ao menos por enquanto não fará grandes mudanças em seu equipamento.
– Usamos o mastro Standard e velas Quantum, que é a mais popular. Optamos por material parecido com o dois adversários para não ter que fazer muitos testes – justificou.
Tempo para testar, inclusive, é o principal problema do Guarini.
– São pelo menos dez dias para testar alguma modificação na água, um técnico olhando, essas coisas. Como estamos no meio da temporada, fica complicado ter tempo para trabalhar nesse desenvolvimento. Tudo vai depender da transição entre 2007 e 2008 – afirmou.