Em uma eleição sem inscrição prévia de candidaturas e com a campanha toda conduzida em conversas de bastidor, o Tribunal de Justiça deve eleger hoje o desembargador Nelson Schaefer Martins como seu novo presidente. O magistrado é apontado como favorito e deve ser escolhido sem adversários.

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Os 61 desembargadores que atualmente compõem o pleno do TJ – uma cadeira está vaga – se reúnem hoje para escolher entre eles quais serão os dirigentes do Judiciário catarinense até 2016. Estão em disputa, além da presidência, os cargos de 1º, 2º, 3º vice-presidentes, corregedor-geral e vice-corregedor-geral. Apenas na hora da sessão os desembargadores são chamados, por critério de antiguidade, para dizer se pretendem concorrer aos cargos.

Nesse quesito, Schaefer Martins é o 11º magistrado da lista. Seu favoritismo decorre das conversas realizadas e da regra que impede ex-presidentes de concorrerem novamente – caso de três nomes que estão à sua frente na lista, além do atual presidente Cláudio Barreto Dutra. Apenas o desembargador Lédio Rosa de Andrade teria manifestado interesse em entrar na disputa pela presidência, mas já teria descartado.

Schaefer Martins atua como desembargador do TJ desde 2001 e é considerado um dos magistrados com maior traquejo político. A expectativa é de que amplie a comunicação do Judiciário com a sociedade. Ele também tem boas relações com o governo estadual e a Assembleia Legislativa.

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Em palestras, o desembargador tem defendido um Judiciário menos legalista e mais sensível à realidade social e que o juiz contemporâneo não pode se “conformar com sentenças meramente declaratórias e que não garantem a efetiva execução desses direitos”. Atualmente, Schaefer Martins comanda a 2ª Câmara de Direito Público. Ele assumiu como juiz em 1980. É natural de Tubarão, no Sul do Estado, e se formou em Direito na Universidade Federal da Santa Catarina.

Além da vaga de presidente, os demais cargos também chegam ao dia da eleição praticamente definidos. A disputa mais acirrada em aberto é pela vaga de corregedor-geral, pleiteada pelos desembargadores Luiz César Medeiros e Salete Sommariva.