A secretaria de Estado da Saúde de SC deve receber ainda esta semana os insumos para poder diagnosticar no Laboratório Central (Lacen) o novo coronavírus. As informações foram repassadas durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (4) em Florianópolis.

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Os kits começam a ser enviados pelo Ministério da Saúde ainda nesta quarta, e depois que chegarem a SC, a equipe do Lacen será treinada pelos técnicos da Fiocruz, no Rio da Janeiro.

Atualmente SC envia as análises de casos suspeitos para a Fiocruz, que é referência para todos os estados do Sul e alguns do Sudeste. Em Santa Catarina eram feitos apenas os testes para Influenza e outras síndromes gripais.

Na Fiocruz, o resultado demora aproximadamente sete dias para sair, por causa da alta demanda. Com os exames no Lacen de SC, a resposta poderá ocorrer entre 24 e 72 horas, acelerando o diagnóstico entre a suspeita e o descarte ou confirmação da Covid-19.

Segundo a diretora do Lacen, Marlei Pickler De Biasi dos Anjos, o laboratório de SC foi escolhido para a primeira etapa da ampliação do diagnóstico por ter a capacidade técnica de fazer o exame de biologia molecular.

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Ainda não há data para os exames iniciarem no Estado, mas a previsão é de que isso ocorra em aproximadamente 10 dias. Se necessário, o Lacen de SC vai poder testar também amostras enviadas por outros estados, disse ainda Marlei Pickler De Biasi dos Anjos.

Além do Laboratório Central de SC, os laboratórios de outros 13 estados também vão começar a receber os kits que permitem fazer o teste para diagnosticar o coronavírus.

“A imensa maioria das pessoas é tratada em casa, não precisamos de pânico”

O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, destacou que SC não possui ainda nenhum caso confirmado do Covid-19, e que trata-se de uma gripe de baixa letalidade.

— A imensa maioria das pessoas é tratada em casa, não precisa de pânico de hospital, de UTI, de isolamento. Não temos nenhuma pessoa em situação grave, todos com sintomas leves — disse.

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Zeferino também destacou que o uso de máscaras é desnecessário para a maioria das pessoas, pois elas servem apenas para quem está com sintomas não transmitir o vírus, e não como precaução.

— A prevenção é lavar as mãos, ter a etiqueta da tosse, cuidar da higiene. Estamos em um momento de lavar as mãos e lavar as mãos, usar álcool gel.

Casos suspeitos em SC

Até esta terça-feira (3), havia 43 casos suspeitos de coronavírus em SC. No país, o número era de 488. Santa Catarina continua com o quinto maior número de casos monitorados no país, atrás de São Paulo (130), Rio Grande do Sul (82), Rio de Janeiro (62) e Minas Gerais (58).

Todos os 43 casos de SC são considerados suspeitos – ainda aguardam o resultado do exame para confirmar ou descartar o quadro. Florianópolis, com 12 casos investigados, continuava como a cidade com maior número de suspeitas nesta terça.

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Cartilha traz orientações para população

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou uma cartilha com algumas dicas de prevenção para evitar uma possível proliferação do vírus. Confira abaixo algumas dicas do material:

– O vírus permanece por até 24 horas nos objetos. Portanto, a única forma de eliminar o vírus é limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;

– O vírus que provoca a doença é transmitido por gotículas. A saliva serve como meio de transporte. Portanto, a orientação é manter distância de pessoas doentes.

– Ao tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com um lenço descartável. Na falta de um lenço, use o antebraço; nunca as mãos!

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– A pessoa doente deve usar uma máscara apropriada para não infectar as pessoas saudáveis que estão ao redor.

– Caso apresente sinais e sintomas como febre, tosse, dor de garganta, coriza, dor de cabeça, falta de ar, fraqueza ou dor no corpo, é recomendado procurar o serviço de saúde mais próximo para avaliação.

– Outras recomendações para evitar esse tipo de infecção: lavar as mãos frequentemente com água e sabão e passar álcool em gel; manter distância e evitar tocar em pessoas doentes, evitar lugares aglomerados ou fechados, ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e nariz, utilizar lenço descartável para higiene nasal, não compartilhar objetos de uso pessoal e evitar deslocamentos enquanto a pessoa estiver doente.

– A infecção também pode ser por superfícies não limpas. Se tocar em algum objeto que possa estar contaminado, evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca, pegar bebês no colo ou encostar no rosto das pessoas. Entre os objetos que podem estar contaminados estão parte de fora da máscara, maçaneta, talheres, botões de elevador, caneta, dispositivos eletrônicos, corrimão, mouse, copos e lenços.

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