Projeto de lei que tramita no Senado para criar o Sistema Nacional de Proteção e Defesa do Bem-Estar dos Animais (Sinapra) prevê o fim dos zoológicos nas cidades do interior do Brasil. Os cinco estabelecimentos de Santa Cataria deixariam de existir se o projeto da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) for aprovado, já que todos estão fora da capital, mais precisamente em Pomerode, Brusque, Balneário Camboriú, Penha e Joinville.
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Nesta semana o relator do projeto, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), vai receber um documento do presidente da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil, Cláudio Hermes Mass, que é biólogo do Zoo de Pomerode. Nele a entidade pontua todos os problemas que o projeto traria se fosse aprovado como está.
Mass explica que mais de 100 zoológicos seriam fechados no Brasil, o que forçaria a transferência de 40 mil animais para as 25 instituições das capitais. Só em SC são 3,5 mil animais que teriam que ir para outros estados. Dá para imaginar o “bem-estar” de todos os bichos aglomerados nos zoos das capitais. Isso sem falar que nas capitais predominam zoológicos públicos que passam por sérias dificuldades de manutenção.
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Zoos garantem bem-estar
O biólogo diz que os zoológicos que fazem parte da sociedade que ele preside são todos certificados em bem-estar animal. Ele questiona o fato de o projeto deixar de fora os mais de 30 mil criadores amadores, só em Santa Catarina, cuja parte significativa mantém, por exemplo, aves em gaiolas.
– No zoológico não há aves em gaiolas – diz o presidente.
Acabar com as instituições implicaria em incertezas para os animais que, na grande maioria, foram resgatados de situações de perigo. Isso sem falar no impacto que teria na economia e turismo. Cerca de 3,5 milhões de pessoas visitam os cinco zoos catarinenses anualmente.
Preservação das espécies
Dos 1.250 animais que estão hoje no Zoo de Pomerode, 77% foram resgatados, vítimas de atropelamento, tráfico ilegal ou mesmo de circos e não poderiam retornar à natureza. O restante, segundo o biólogo Cláudio Maas, é de programas nacionais e internacionais de preservação da biodiversidade.
Ainda neste semestre, por exemplo, a instituição deve receber dois saguis imperador. Trata-se de uma espécie da América Central que está ameaçada de extinção graças ao desmatamento e mudanças ambientais. Eles virão da Alemanha e da Dinamarca.
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