Santa Catarina registrou, em 2021, o menor número de mortes violentas nos últimos 10 anos. Nos dados levantados pelo G1 estão inclusos homicídios, latrocínios e casos de lesão corporal seguida de morte. Nestas causas, Santa Catarina contabilizou 673 mortes no ano passado – cerca de 23% a menos do que em 2011.
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Os dados de 2021 mostram que houve, no Estado, uma média de 56 mortes violentas por mês. O que indica que aproximadamente duas pessoas foram mortas por dia em Santa Catarina no último ano.
Os dados do G1 mostram ainda que cerca de nove pessoas foram mortas, de forma violenta, a cada 100 mil habitantes no Estado.
- Em 2020: 691 mortes violentas;
- Em 2019: 736 mortes violentas;
- Em 2018: 839 mortes violentas;
- Em 2017: 1.077 mortes violentas;
- Em 2016: 976 mortes violentas;
- Em 2015: 913 mortes violentas;
- Em 2014: 830 mortes violentas;
- Em 2013: 778 mortes violentas;
- Em 2012: 841 mortes violentas;
- Em 2011: 876 mortes violentas.
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No Sul do Brasil, Santa Catarina registra o menor número de mortes violenta. Em 2021, o Paraná liderou o ranking com 1.948 homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte. Seguido do Rio Grande do Sul, que registrou 1.668 mortes.
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Em relação ao Brasil, Santa Catarina ocupa a 9ª posição. O Estado com menor número de mortes violentas em 2021 é o Acre, com registros de 181 mortes brutais. Bahia foi o Estado mais violento, no mesmo ano, e registrou 5.099 homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte. Atrás fica Pernambuco com 3.370 registros.
Apesar da baixa, o professor de ciências criminais do Cesusc, Sandro Sell, explica que o número não é motivo para comemorar, já que, em comparação a outros países, os dados ainda são altos.
– Foi bom, por certo, que baixou. Mas não tira o Brasil do ranking dos países mais perigosos do mundo – diz.
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Segundo ele, a pandemia pode ter auxiliado na queda dos números, já que os crimes provocados em brigas de bar, trânsito e estádio de futebol, por exemplo, diminuíram na mesma proporção.
Feminicídios em SC
Em 2021, a maioria das mulheres vítimas de feminicídios no Estado não fez denúncia por violência doméstica. Os dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que 82% das vítimas mortas estavam sem denúncias prévias.
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Apesar disso, no mesmo ano, o número de casos de violência doméstica cresceu 6,5%. O que significa que 4.834 mulheres foram vítimas de ameaça, calúnia, injúria, difamação, estupro, lesão corporal e vias de fato.
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