O avanço da Covid-19 em janeiro atingiu todos os 295 municípios catarinenses. É o que aponta os dados do Painel do Coronavírus do NSC Total. De acordo com a plataforma, todas as cidades de Santa Catarina tiveram, ao menos, um caso da doença no último mês. 

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A expansão da doença no território catarinense fica ainda mais clara ao comparar a situação da pandemia no Estado ao longo do mês de janeiro. De acordo com o Painel, no dia 1º, eram 4.508 casos ativos em Santa Catarina. O número que saltou para 66.569 em 31 de janeiro – um crescimento de 1.376,68%. 

Além disso, foi também em janeiro que o Estado atingiu o maior pico de pacientes em tratamento da doença, com 80.251 no dia 29. 

A última cidade a registrar um caso ativo da doença em janeiro foi Arabutã, no Oeste. Até o dia 27, o município não tinha confirmado nenhum caso no mês. Ele também estava desde 23 de novembro sem pacientes em tratamento para a Covid-19. 

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Em contrapartida, no início de fevereiro, o número de casos ativos tem apresentado queda. De acordo com o Painel do Coronavírus, nesta quarta-feira (2), 61.935 pessoas ainda podem transmitir o vírus no Estado, 5.101 a menos que na terça-feira (1º), quando eram 67.036. 

Atualmente 291 municípios têm casos ativos da Covid-19 em Santa Catarina. Joinville lidera com 8.842 casos, seguida de Florianópolis com 7.101 e Chapecó com 3.402. 

Apenas quatro cidades não têm pacientes em tratamento da doença. São elas: Cunhataí, Calmon, São João do Itaperiú e Bela Vista do Toldo – todas elas, no entanto, registram casos de Covid durante o mês de janeiro. 

SC tem maior número de mortes desde setembro 

Janeiro também foi o mês com o maior número de vítimas para a Covid-19 em Santa Catarina desde setembro do ano passado. Ao todo, 435 óbitos foram registrados nos últimos 30 dias, de acordo com o Painel do Coronavírus. 

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Ao analisar os dados, é possível perceber que o crescimento nas mortes ocorreu a partir da segunda quinzena do mês. Só entre os dias 16 e 29 de janeiro, por exemplo, 274 mortes foram registradas, sendo que entre 23 e 29, foram 152. A última vez que Santa Catarina teve um número tão alto de vítimas em uma única semana foi entre 29 de agosto e 4 de setembro de 2021, com 142. 

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Além disso, no dia 27 de janeiro, o Estado registrou o maior número de mortes no mês: 30. A última vez que Santa Catarina havia atingido esse índice ocorreu em 16 de agosto, com 31 óbitos. 

Ao todo, 105 municípios catarinenses registraram mortes em janeiro. Joinville lidera a lista com 54 vítimas, seguida de Florianópolis, com 28, e Tubarão, com 25. 

Desde o início da pandemia, o Estado acumula 20.664 óbitos em decorrência a Covid-19. Em relação aos casos confirmados, foram 1.458.544. 

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Taxa de óbitos de idosos é maior entre não vacinados 

Um levantamento divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) nesta quarta-feira apontou que a taxa de óbitos por Covid-19 em idosos não vacinados ou com a vacinação incompleta é 47 vezes maior do que naqueles que já receberam a dose de reforço em Santa Catarina. 

Os dados levam em conta as mortes no Estado entre 1º de novembro de 2021 e 30 de janeiro deste ano – no período foram 871 óbitos. 

Em relação a mortalidade, a taxa de óbitos na população acima de 60 anos que não tomou nenhuma dose ou está com a vacinação incompleta é de 836,4 a cada 100 mil pessoas vacinadas. Entretanto, entre os idosos que completaram o esquema primário e receberam a dose de reforço, a proporção cai para 17,7 a cada 100 mil vacinados – ou seja, um risco 47 vezes menor de morte.

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Já entre a população adulta – 18 a 59 anos – a taxa de óbitos é 39 vezes maior entre aqueles que não se vacinaram ou estão com esquema incompleto: 27,3 a cada 100 mil imunizados contra 0,7 entre aqueles que estão com a vacinação em dia.

— Nós precisamos vacinar e todos precisam ter ciência de que essa é a melhor forma para sairmos dessa pandemia. Quando olhamos para os pacientes que estão evoluindo de forma grave com o coronavírus, observamos que a maioria possui um esquema vacinal incompleto e neste sentido é imprescindível que a população busque a dose de reforço e que os municípios facilitem o acesso à vacina ampliando e flexibilizando os horários de atendimento — salienta secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.

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