Uma vacina pioneira contra a toxoplasmose em gatos passará a ser testada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em um estudo de esforços internacionais. Até hoje, não existe imunizante para a doença, que pode afetar também os humanos e causa complicações graves.

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Os testes na Udesc vão contar ainda com outra novidade: um investimento de R$ 160 mil feito pela empresa francesa Vaxinano, que desenvolveu a vacina e é vinculada à Universidade de Lille, também da França. O valor irá bancar a instalação de uma unidade experimental e bolsas para os estudantes de medicina veterinária envolvidos na pesquisa, além de outros custos na execução do estudo.

— De acordo com o próprio Ministério da Agricultura, nunca houve este tipo de parceria no Brasil. É a primeira vez que uma empresa europeia financia uma universidade pública brasileira para realizar o teste de eficácia de uma vacina experimental — disse o professor Andreas Lazaros Chryssafidis, que estabeleceu o protocolo catarinense de testes, segundo publicação da Udesc.

A testagem do imunizante, desenvolvido em forma de spray intranasal, deve durar até dois anos e será feita no Laboratório de Parasitologia e Doenças Parasitárias (Lapar), que pertence ao Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da universidade.

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Toxoplamose pode infectar humanos

A toxoplasmose é causada por um protozoário que pode ser encontrado nas fezes dos gatos. Quando evacuado, o parasita pode contaminar o ambiente e outros animais. 

A ingestão de carne contaminada crua ou mal passada corresponde ao maior risco de infecção para os humanos. A vacina pretende, portanto, combater a doença logo no início de seu ciclo de transmissão.

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