Este sábado (2) é o último dia para a renúncia de prefeitos e governadores que desejam concorrer a outros cargos nas eleições de 2022. Em Santa Catarina, os últimos dias do prazo da lei eleitoral tiveram ao menos seis prefeitos e 12 secretários estaduais anunciando a saída do cargo para concorrer.

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O único ato marcado para este sábado é o de renúncia do prefeito Antídio Lunelli, em Jaraguá do Sul. Os demais prefeitos já confirmaram a saída em solenidades nos últimos dias. Confira abaixo quem deixou o cargo e também nomes que vinham sendo apontados como candidatos, mas que nos últimos dias desistiram de renunciar, ficando fora da disputa de outubro.

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Quem saiu

Prefeitos

Antídio Lunelli (MDB), prefeito de Jaraguá do Sul

Renuncia ao mandato em solenidade neste sábado (2). Estava no segundo mandato consecutivo. É pré-candidato do MDB a governador do Estado. O vice Jair Franzner (MDB) ficará no comando da prefeitura.

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Gean Loureiro (UB), prefeito de Florianópolis

Renunciou em cerimônia ocorrida na quinta-feira (31), na Capital. Foi eleito prefeito em 2016 e reeleito em 2020. Também é pré-candidato ao governo do Estado, pelo União Brasil. O vice Topázio Neto (Republicanos) assumiu o cargo.

Emerson Stein (MDB), prefeito de Porto Belo

O prefeito Emerson Stein renunciou no último dia 25 de março. Ele estava no segundo mandato. Deixou a prefeitura para concorrer a deputado estadual. No caso de Porto Belo, a sucessão será diferente porque o vice-prefeito, Elias Cabral (PL), não quis assumir a prefeitura e também decidiu renunciar ao mandato. Com isso, quem assumiu o município interinamente foi o presidente da Câmara de Vereadores, Joel Lucinda (MDB). No entanto, ele precisa informar a Justiça Eleitoral, que deverá convocar novas eleições para prefeito no município.

Oscar Gutz (PL), prefeito Pouso Redondo

O prefeito de Pouso Redondo, no Alto Vale do Itajaí, Oscar Gutz, também renunciou ao cargo para concorrer a deputado estadual. Estava também no segundo mandato. O vice Rafael Tambozi (UB) assume o cargo no restante do mandato.

Saulo Sperotto (PSDB), prefeito de Caçador

Tinha renúncia prevista para cerimônia na Câmara de Vereadores na noite desta sexta-feira (1º). Também era prefeito em segundo mandato. Deixa a prefeitura para concorrer a deputado estadual. O vice Alencar Mendes (UB) assumirá a prefeitura no restante do mandato.

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Silvio Alexandre Zancanaro (PSD), prefeito de Campos Novos

Renunciou à prefeitura nesta quinta-feira e também é pré-candidato a deputado estadual. A prefeitura ficou com o vice, Gilmar Marco Pereira (PSD).

Secretários

André Motta Ribeiro, secretário de Estado da Saúde

Titular da saúde de SC durante quase toda a pandemia de Covid, André Motta Ribeiro deixou o cargo na quinta-feira (31) para concorrer ao governo do Estado. É o principal nome de uma lista de secretários de Moisés que deixam o governo para serem candidatos a deputado em outubro.

Luciano Buligon (Republicanos), secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável

O ex-prefeito de Chapecó também deixou o cargo nesta semana e deve concorrer a deputado estadual. Depois de um período sem filiação, Buligon ingressou nesta semana no Republicanos, mesmo partido do governador Carlos Moisés.

Leandro Lima, secretário de Administração Prisional

Também saiu do governo para ser candidato a deputado estadual.

Altair Silva (PP), secretário de Estado da Agricultura

Deputado estadual eleito, Altair assumiu a pasta da Agricultura do governo Moisés em janeiro de 2021. Deixou o cargo esta semana para participar das eleições. Concorrerá a deputado estadual pelo Progressistas.

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Luiz Fernando Vampiro (MDB), secretário de Estado da Educação

Vampiro também assumiu a secretaria no início de 2021 e agora deixa a pasta, mas para concorrer a deputado federal. Antes, o emedebista deve reassumir o mandato na Assembleia Legislativa.

Lucas Esmeraldino (Republicanos), secretário de Articulação Nacional

Terceiro colocado na disputa pelo Senado em 2018, Lucas Esmeraldino deixou a secretaria de Articulação Nacional e também é pré-candidato a deputado federal. Também está filiado ao Republicanos, mesmo partido do governador Moisés.

Claudinei Marques (Republicanos), secretário de Estado de Desenvolvimento Social

Vereador em Florianópolis, Claudinei foi secretário do governo Moisés desde o início de 2021. Deixa o cargo também para concorrer a uma vaga na Câmara Federal.

Edilene Steinwandter, presidente da Epagri/Ciram

Edilene passou a ter o nome em evidência nos últimos meses e deve disputar uma vaga na Alesc.

Janice Krasniak, presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial

Também filiada ao Podemos nesta semana, Janice também é pré-candidata a deputada estadual do grupo liderado pelo governador Carlos Moisés.

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Daniel Netto Cândido (Podemos), secretário-adjunto de Desenvolvimento Social

Ex-prefeito de São João Batista, Daniel se filiou nesta sexta-feira o Podemos e também é pré-candidato a deputado estadual, no projeto liderado pelo governador Moisés.

Renê Meneses, presidente da Santur

Também deixou a pasta do governo Moisés e deve ser candidato a deputado estadual.

Rudinei Floriano, presidente do Imetro

Mais um nome que deixou o secretariado de Moisés para concorrer à Assembleia Legislativa.

Ed Pereira (União Brasil), secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Florianópolis

Deixou o cargo porque é pré-candidato a deputado federal.

Constâncio Maciel (União Brasil), secretário da Fazenda de Florianópolis

Também deixou o governo no mesmo dia que o prefeito Gean Loureuro para participar das eleições. No caso de Constâncio, é pré-candidato a deputado estadual.

Jorge Seif, secretário nacional de Aquicultura e Pesca

Catarinense no primeiro escalão do governo federal de Bolsonaro, Jorge Seif deixou o cargo esta semana e pretende concorrer em outubro. Segundo a colunista Dagmara Spautz, inicialmente a intenção seria tentar uma vaga à Câmara, mas após a desistência de Luciano Hang, pode concorrer ao Senado.

Podemos vai filiar secretários de Moisés e entrar no projeto de reeleição do governador

Quem fica

João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó

Disputou o apoio do partido com Raimundo Colombo e nas últimas semanas articulou uma chapa com PSDB e PP, tendo o prefeito de Criciúma Clésio Salvaro como vice e o empresário Luciano Hang como candidato ao Senado. Clésio recusou, a aliança não avançou, e João Rodrigues desistiu de renunciar e de concorrer ao governo do Estado.

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Clésio Salvaro (PSDB), prefeito de Criciúma

Cortejado para compor a aliança com João Rodrigues e Luciano Hang, Salvaro decidiu continuar na prefeitura de Criciúma, o que atenderia a desejos da família e de entidades locais que pediram a permanência do prefeito até 2024.

Fabrício de Oliveira (Podemos), prefeito de Balneário Camboriú

Fabrício também se apresentava como pré-candidato ao governo do Estado, mas nesta semana anunciou que não iria renunciar ao cargo – e consequentemente, está fora da disputa pelo governo. O Podemos, partido dele, oficializou esta semana apoio à reeleição do governador Carlos Moisés, do Republicanos.

Clenilton Pereira (PSDB), prefeito de Araquari

Clenilton ganhou visibilidade nos últimos anos na presidência da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) e era apontado como pré-candidato a deputado estadual. No entanto, esta semana, disse que não iria renunciar e que desistiria de concorrer em 2022.

Kléber Wan-Dall (MDB), prefeito de Gaspar

Era pré-candidato a deputado estadual, mas decidiu dar sequência ao mandato na prefeitura, que vai até 2024. O motivo seriam obras em andamento na cidade e indefinições sobre a nominata do MDB em outubro.

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Beto Kuerten Marcelino (PSD), prefeito de Braço do Norte

Apontado como pré-candidato a deputado estadual, o prefeito de Braço do Norte, no Sul do Estado, informou na terça-feira desta semana que seguirá no cargo de prefeito até 2024.

Vinícius Lummertz (PSDB), secretário de Turismo de São Paulo

O catarinense Vinícius Lummertz, que é secretário de Turismo no governo Doria em São Paulo, colocou o nome à disposição do PSDB de Santa Catarina para ser candidato ao governo. Sem conseguir apoio e descontente com as conversas do partido com diferentes grupos, Lummertz decidiu não sair do cargo, por entender que os tucanos não levariam adiante o projeto de candidatura própria.

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