Santa Catarina é o quarto Estado com mais desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres. As catarinenses recebem 74% dos rendimentos mensais dos homens. Para os homens, o rendimento médio mensal real foi de R$ 2.693. Já para as mulheres, ficou em R$ 2.004. Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Rendimento de Todas as Fontes 2018 (PNAD), divulgada nesta quarta-feira (16) pelo IBGE.

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Apenas em dois estados brasileiros as mulheres tiveram rendimento superior aos homens: Roraima e Amapá. Entretanto, o cenário geral dos últimos anos mostra que a desigualdade tem diminuído. Desde 2012, o rendimento das mulheres passou de R$ 2.004 para R$ 1.914, representando crescimento de 4,7%, percentual menor do que o rendimento dos homens, que cresceu 0,4% no período.

Os dados do PNAD também mostraram que pessoas de pele preta e parda recebem menos do que pessoas de pele branca em SC. A maior desigualdade é em relação aos negros, que tiveram rendimentos médios de 76% do que as pessoas brancas recebem em média, deixando o Estado com a terceira maior disparidade do país. Já entre os pardos, o número foi de 73%.

De acordo com a pesquisa, SC teve ainda o sexto maior rendimento médio do país em 2018. O Estado terminou o ano com R$ 2.328. O rendimento médio representou uma queda de 1,5% comparado a 2017, quando a média catarinense foi de R$ 2.363.

O dado tinha apresentado crescimento de 0,9% desde 2012 no Estado. A pesquisa leva em conta 4,87 milhões de pessoas.

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A PNAD Contínua traz dados sobre os rendimentos de todos os trabalhos e de outras fontes, como aposentadorias, pensões e bolsas, de 2012 a 2018.

Já em relação ao rendimento médio de todos os trabalhos, Santa Catarina fechou o ano em R$ 2.391,00, o sexto maior do país. Comparado a 2017, o rendimento teve redução de 0,2%, representando a nona maior queda do Brasil, que registrou 2,3% de aumento no período.

São levados em conta os rendimentos de trabalho recebidos no mês de referência captados entre as pessoas de 14 anos ou mais de idade. Já os rendimentos de outras fontes, são captados entre as pessoas de todas as idades e incluem valores de aposentadoria, pensão, pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador, aluguel e arrendamento, e outros rendimentos (seguro-desemprego, programas de transferência de renda do governo, rendimentos de poupança).

Metade dos catarinenses tem renda de trabalho

Metade da população residente em Santa Catarina tem alguma renda obtida por meio do trabalho. Cerca de 50,1% das 7.064 milhões de pessoas residentes no Estado em 2018 apresentaram rendimento de trabalho, registrando crescimento de 1,9% em relação a 2017. O Estado tem o maior percentual do Brasil índice.

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Em Santa Catarina, a massa de rendimento mensal real de todos os trabalhos cresceu 1,7% de 2017 para 2018, chegando a R$ 8,465 bilhões, a 6ª maior do país. Apesar da população ocupada, com 14 anos ou mais de idade, ter tido crescimento de 1,9% entre 2017 e 2018, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos caiu 0,2% no mesmo período.

Rendimento dos aposentados em SC é menor que a média nacional

O rendimento relativo à aposentadoria foi de R$ 1.731,00 no Estado, o 16° do país. O número é inferior à média nacional, que fechou o período em R$ 1.872,00. O grupo de 1% das pessoas mais ricas de Santa Catarina rendimento domiciliar per capita de R$ 13.013,00, o 11º do país.

O índice de Gini do rendimento médio de todos os trabalhos em Santa Catarina foi o menor entre os estados brasileiros, ficando em 0,398. O coeficiente mede a concentração de renda e a desigualdade — quanto mais próximo de 1, mais desigual a população é.

O coeficiente teve crescimento em relação ao ano passado, passando de 0,393 para 0,398, após ter apresentado queda comparado a 2012.

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Desigualdade de renda diminui nos últimos quatro anos

A desigualdade social de renda no Estado diminuiu, conforme o PNAD. A renda dos 10% mais pobres foi a maior do país, fechando o ano em R$626. Além disso, SC também teve a menor diferença de renda entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres.

Os 10% dos catarinenses mais ricos tiveram rendimento médio de R$ 7.798, número 12,6 vezes maior que os obtidos pelos 10% mais pobres, que receberam R$ 626. No Brasil, os ricos receberam 36,9 vezes mais que os pobres. A desigualdade se aprofundou comparado ao ano passado, registrando aumento de 0,5%. O número havia apresentado queda de 2,2% desde 2012.

Santa Catarina tem o quinto maior rendimento domiciliar per capita do país, fechando 2018 em R$ 1.605,00. O valor teve queda de 0,7% comparado ao ano passado, diferente do que vinha apresentando desde 2012, quando registrou 4,4% de crescimento.

As pessoas que estão entre as 5% e os 10% mais pobres de Santa Catarina tiveram o rendimento domiciliar per capita mais alto do país. Entre os 5%, o valor foi de R$ 191,00. Já entre os 10%, a renda foi de R$ 299,00, com crescimento de 9,9% desde 2012.

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