Mais um caso de febre amarela em humano foi confirmado em Santa Catarina, na tarde desta sexta-feira (24), pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC). Este é o terceiro caso registrado no Estado e primeiro diagnosticado este ano.

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O paciente, de 47 anos, é de São Bento do Sul, no Planalto Norte, mas está internado no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, unidade referência de infectologia em Santa Catarina.

O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC). O paciente não tem registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.

A doença

A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A vacinação é a melhor forma de se proteger da doença. A vacina é gratuita. Até o momento, a cobertura vacinal do Estado está em 84%, porém muitos municípios estão abaixo desse percentual.

— Por isso, reforçamos que todas as pessoas com mais de 9 meses, que ainda não receberam a vacina, precisam procurar uma unidade de saúde para se proteger. A vacinação é essencial, sobretudo para as pessoas que residem nos locais onde estão ocorrendo as mortes dos macacos — recomenda a chefe de imunização da Dive/SC, Ariele Fialho.

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Sintomas

A febre amarela é uma doença de evolução rápida. A contaminação resulta nos seguintes sintomas:

— febre de até sete dias de duração.

— dor de cabeça intensa.

— dor abdominal.

— manifestações hemorrágicas.

— icterícia.

— elevação das transaminases.

Mortes de macacos

A Dive/SC também confirma a morte de um macaco bugio por febre amarela em São Bento do Sul. O animal foi encontrado no dia 10 de dezembro de 2019, na localidade de Rio Vermelho. O resultado foi divulgado pelo Instituto Carlos Chagas Fiocruz do Paraná, nesta quinta-feira, 23. Essa é a sétima morte de macaco confirmada laboratorialmente pela doença em Santa Catarina em 2019.

Somente em 2020, mais de 60 macacos morreram com suspeita de febre amarela no Estado. As notificações dos óbitos estão concentradas nas regiões de saúde do Planalto Norte (nos municípios de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho) e Médio Vale do Itajaí (Pomerode, Blumenau e Timbó) e seguem em análise.

— É importante que quem encontre um macaco morto ou doente notifique a secretaria municipal de saúde. São os macacos os primeiros a adoecerem por febre amarela e por isso sinalizam a presença do vírus na região — explica Aysla Matsumoto, médica veterinária da DIVE/SC.

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