A notícia de que um vulcão voltou às atividades sísmicas gerou preocupação no Brasil, nesta quinta-feira (15). O vulcão Cumbre Vieja, localizado em uma comunidade autônoma da Espanha, pode causar um tsunami na costa brasileira, caso entre em erupção.

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A possibilidade é real, porém, a probabilidade é baixa, segundo o oceanógrafo Carlos Eduardo Salles de Araújo. Caso venha acontecer, Santa Catarina não tem motivos para se preocupar, conforme explica o especialista. 

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O vulcão entrou em sinal de alerta amarelo, o que significa que é preciso aumentar o monitoramento no local. Existem outros dois sinais: o laranja – quando a população da comunidade precisa se preparar para evacuar a cidade – e o vermelho, que é emitido quando o vulcão pode entrar em erupção a qualquer momento.

A demora entre um nível e outro ainda não é possível prever, conforme explica o especialista.

– O vulcão pode estabilizar, ficar um tempo assim e depois de anos voltar às atividades. Como ele também pode recuar agora ou, então, passar para outros níveis em poucos dias. A natureza é imprevisível – explica.

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Segundo o oceanógrafo, mesmo que o sinal de alerta fique vermelho, ainda não significa que o vulcão vá entrar em erupção, apesar de o risco ser grande. O Brasil, de acordo com Araújo, precisa monitorar os alertas espanhóis a partir de agora.

Para atingir o país, o caráter da erupção precisará ser muito explosivo, segundo o especialista. Caso isso aconteça, a primeira região brasileira a ser atingida seria o Norte e Nordeste, que estão mais perto da costa espanhola. ​

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– Só tem chance de acontecer se [o vulcão] tiver um poder destrutivo que cause um deslizamento muito grande. Imagina toneladas de pedras entrando no mar, isso vai causar uma ondulação até o litoral mais próximo, que seria o Brasil – diz.

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Após a erupção, as ondas podem chegar no Brasil em questão de horas, segundo o oceanógrafo. Araújo explica que as ondas viajam na velocidade de um avião comercial – cerca de 800km/h – e podem atingir até 10 metros. A destruição atingiria as cidades mais próximas do mar. Apesar disso, o Brasil possui tempo para se proteger.  

Santa Catarina, no entanto, não tem porque se preocupar. As ondas, para chegar no Estado, perderiam força e, por esse motivo, chegariam na costa catarinense com cerca de 1,5 metro.

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– Sentiríamos o mar recuar. Não é nada pra perder o sono. Precisamos monitorar – afirma.

As ondas, segundo o oceanógrafo, possuem intervalos de alguns segundos entre uma e outra. No caso de um tsunami, esse tempo passa a ser de minutos e por esse motivo, é fácil de visualizar o recuo do mar. 

– É possível que ocorra [o tsunami], mas a probabilidade é baixíssima. O que precisamos fazer é acompanhar, principalmente as autoridades da região Norte e Nordeste. Caso entre em sinal vermelho é necessário ver os avisos da Espanha sobre o tipo de erupção que pode ocorrer – explica. 

*Sob supervisão de Raquel Vieira.

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