Santa Catarina segue com baixos índices de vacinação infantil contra a gripe e a Covid-19 mesmo no auge da crise de superlotação dos hospitais no Estado, em especial das alas pediátricas e por conta de casos de doenças respiratórias. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) associa o surto das enfermidades justamente à falta de adesão às vacinas.
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No caso da Covid, Santa Catarina tem apenas cerca de três em cada dez crianças de 5 a 11 anos já vacinadas com o esquema completo. Ou seja, só 29,7% dos pequenos desta faixa etária no Estado (191.177) receberam as duas doses. Só a primeira aplicação do imunizante foi feita em 311.978 crianças, o equivalente a 48,5% do público-alvo infantil.
O Estado aguarda agora a ampliação da vacinação contra Covid para crianças também de 3 a menos de 5 anos. Isso já foi liberado pelo Ministério da Saúde na sexta (15), mas os municípios catarinenses com estoques de Coronavac, indicada para esse público, esperam por orientação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) para darem início.
Já a vacina da gripe foi aplicada até aqui apenas em pouco mais da metade das crianças tidas como público prioritário, as de ao menos 6 meses a menores de 5 anos. A meta é chegar a 438.155 imunizadas, mas só 51,5% (225.570) receberam a vacina até então.
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No ano passado, esse índice esteve melhor, ainda que distante do ideal. A cobertura vacinal ficou em 75% naquela ocasião. Ou seja, três em cada quatro crianças, e não só duas, foram imunizadas contra a influenza, como também é chamada a gripe.
Neste ano, Santa Catarina já precisou estender campanhas de promoção das vacinas contra a gripe e o sarampo devido aos baixos percentuais de adesão. Mesmo hoje, com essas campanhas já encerradas, a vacinação ainda segue disponível.
— A baixa imunização expõe esse grupo a um risco elevado de apresentarem casos graves de síndromes respiratórias agudas, que podem levar a hospitalização, necessidade de cuidados intensivos e até mesmo a morte — disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, conforme divulgado pela SES.
O governo estadual, sob gestão Carlos Moisés (Republicanos), orienta mães e pais a buscarem informações de datas e locais de vacinação diretamente com a Secretaria de Saúde de cada município.
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Em caso de dúvidas, os responsáveis conseguem checar em qualquer posto de saúde, desde que com a carteirinha de vacinação em mãos, se os filhos estão com todas as devidas doses em dia.
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