Santa Catarina registrou uma queda de 19% no número de homicídios em 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado. O dado é o menor desde 2018. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/SC), foram 361 casos no período de janeiro a julho deste ano, sendo que em 2020 foram 445 no mesmo período.
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Em 2019, esse número foi de 401 homicídios entre janeiro e julho. Já em 2018, o registro do mesmo período foi de 495.
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Mesmo com a queda, 49 casos aconteceram apenas em julho deste ano. A média diária dos homicídios no último mês é de 1,5. O que significa que ao menos uma pessoa por dia é morta no Estado em decorrência de algo externo, seja por uma pessoa ou uma falha em um equipamento de segurança, por exemplo, conforme explica a Doutora em direito penal e professora adjunta de Direito e Processo Penal da UFSC, Chiavelli Facenda Falavigno.
A média diária do período analisado – janeiro a julho de 2021 – é semelhante à média feita no mês de julho, que também apresenta cerca de um homicídio por dia em Santa Catarina.
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Ainda nesta comparação, Florianópolis é a segunda cidade que mais registrou casos de homicídio. O município apresenta 25 registros até julho. A Capital fica atrás apenas de Joinville, que soma 37 homicídios no mesmo período.
Segundo a SSP/SC, os números incluem homicídio doloso, quando há intenção de matar e homicídio culposo, quando não há. A especialista em Direito Penal explica que o homicídio culposo é registrado quando o agente viola algum dever de cuidado e isso acaba resultando em morte.
Chiavelli Facenda Falavigno diz que várias causas podem estar atreladas à diminuição no número de homicídios e, para ela, é difícil analisar o que pode ter feito para esse número diminuir. A pandemia também pode ter impactado, conforme ela explica.
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O analista de segurança Eugênio Moretzsohn acredita que o número de homicídios no Estado está ligado com a ação das forças de segurança, seja por meio de flagrante ou por investigação.
Durante a pandemia, alguns outros fatores, segundo o especialista, contribuem para a violência no geral. De acordo com Moretzsohn, a elevação do consumo doméstico de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, assim como o desemprego no país, colabora para o agravamento das tensões.
*Sob supervisão de Vinicius Dias.
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