Santa Catarina certificou mais um cão de busca nesta semana. A cadela Moana está pronta para atuar junto com o soldado Thiago Amorim no 7º Batalhão de Bombeiros Militar, com sede em Itajaí, no Vale. 

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Para poder atuar como verdadeiros socorristas, esses animais precisam ser certificados, algo que ocorre apenas depois que eles possuem pouco mais de um ano de idade. Moana fez a prova nesta semana, entre os dias 29 e 30, e a dupla completou os testes de obediência e destreza, além da busca noturna, com sucesso. Eles já haviam sido aprovados nas provas diurnas no final do ano passado.

— Nós sabemos que a pandemia prejudicou muitas áreas, inclusive a nossa, mas a atividade de busca com cães não para. No último ano fomos acionados 95 vezes — explica o presidente da Coordenadoria de Busca, Resgate e Salvamento com Cães, Tenente-Coronel Walter Parizotto.

Agora certificados, Moana e Amorim continuam os treinamentos para estarem preparados aos chamados a qualquer momento, seja na região de Itajaí ou não.

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Moana passou em todas as provas
Moana concluiu com sucesso todas as provas (Foto: CBM, Divulgação)

Está no sangue

O interesse do soldado em fazer parte de um binômio (dupla entre bombeiro militar e cão de busca) vem de família. 

Ele é filho do sargento Evandro Amorim, que fez história com o cão Ice, atuando por muitos anos também em Itajaí e em operações nacionais, como na tragédia de Mariana, em Minas Gerais. O pai agora curte a aposentadoria e auxilia muitas crianças na terapia assistida com cães.

— Fiquei muito emocionado com tudo que nós vivenciamos até aqui e a certificação é um fruto do nosso esforço. Mas a partir de agora tem muito a ser feito, já que precisamos manter o ritmo, aprimorar as técnicas para ficarmos sempre prontos para ajudar aos cidadãos — comemorou Amorim depois das provas.

Soldado ficou emocionado com a certificação
Soldado ficou emocionado com a certificação (Foto: CBM, Divulgação)

Moana

Moana chegou a Itajaí em julho de 2019. Para a escolha, foram mapeados alguns Estados. Tudo foi levado em conta, desde o bem-estar dos pais da cadela, pré-disposição e comportamento. À época, Amorim e o pai foram buscar a nova integrante em São Paulo. Depois de vários testes, ela foi a escolhida. 

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Desde então vive na casa do soldado. Quando chegou, mostrou ser a dona do quintal. Cheia de energia, correu atrás dos cães mais velhos, Ice e Maui. Tanta disposição não poderia ter outro resultado: Moana agora é oficialmente uma socorrista de quatro patas. 

Moana e Amorim
Moana e o tutor Amorim (Foto: CBM, Divulgação)

Cachorros socorristas

No último ano, os binômios (dupla de bombeiro e cão) estiveram em 95 ocorrências de busca de pessoas desaparecidas, um importante reforço, já que os animais conseguem ter uma percepção de odor maior do que a dos humanos, indicando o caminho até as vítimas.

A ideia é ter pelo menos um binômio em cada um dos 15 batalhões catarinenses. Atualmente há cães (entre certificados e em treinamento) nos batalhões de Curitibanos, Blumenau, Canoinhas, Lages, Criciúma, Itajaí, Xanxerê, Chapecó e São José.