Santa Catarina fechou o primeiro semestre de 2017 com saldo positivo no comércio varejista e destaca-se como o Estado com o maior aumento em volume de vendas neste ano no Brasil. Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira, pelo IBGE, em junho, o setor manteve a tendência de recuperação e registrou crescimento de 12,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, a oitava alta consecutiva. Em termos de receita nominal, a variação foi positiva em 11,2%.
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Para o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, este resultado está ligado à consolidação do mercado interno e o início da retomada do crédito e da renda no Estado.
— A base de comparação é baixa, por que o setor estava em uma situação crítica em 2016, mas os resultados trazem alívio. O segundo colocado, o Estado do Alagoas, teve resultado positivo de 7,2%, quase a metade do desempenho de SC, o que reforça que estamos na rota de um crescimento sustentado, afirma.
A alta de junho foi puxada pelo segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (30,2%). Na avaliação da Fecomércio SC, o crescimento sucessivo no setor, que amargou a queda brusca na demanda em 2016, pode significar a volta dos investimentos na economia catarinense.
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Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo crescimento expressivo (24%) com a desinflação dos alimentos. Por outro lado, houve forte queda no segmento de móveis (25,6%), na comparação com junho de 2016.
No acumulado de 12 meses, o volume de vendas do comércio varejista restrito (sem atividades de material de construção e veículos) teve variação de 5,5%, acima dos 4% registrado no mês passado – a taxa mais alta desde janeiro de 2013. Quanto à receita nominal, a variação de julho de 2016 a junho de 2017 foi de 11%, também acima do resultado de 10,4% de maio.
No Brasil, o comércio varejista restrito registrou alta de 3% no volume de vendas, em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta é foi terceira variação positiva consecutiva, após 23 taxas negativas seguida nessa base comparativa. A variação da receita foi positiva em 2,4%. Já no acumulado de 12 meses, o resultado fechou com queda de 3% e a receita nominal atingiu 3,2%.
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