A Justiça em Itapoá, no Norte de Santa Catarina, conseguiu concluir já na madrugada da última quinta-feira (11) um julgamento histórico, o maior já realizado pela comarca da cidade, com cerca de 30 horas de duração. A sessão de júri ouviu 26 testemunhas e terminou com a condenação de cinco réus por assassinato.
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O julgamento teve início às 8h30min de terça (9), contou com intervalo entre as 19h47min daquele mesmo dia e a manhã seguinte, foi retomado às 9h13min de quarta (10) e só terminou já às 4h13min da quinta.
O júri se debruçou sobre um caso ocorrido em 2019, no bairro Pérola do Atlântico, em que um grupo de seis acusados fortemente armados partiu do Paraná para executar a tiros uma vítima de 25 anos em Itapoá. A ação em plena via pública ainda levou perigo à comunidade, já que ocorreu perto de duas escolas e do Conselho Tutelar municipal.
Entre os réus, uma mulher acabou absolvida pelos jurados. Todos os demais foram condenados por homicídio, mas a duração da pena aplicada a cada um deles irá variar de 13 e 16 anos de reclusão, devido aos elementos qualificadores do crime.
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O júri reconheceu a qualificadora de perigo comum para quatro dos réus e a de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima para três deles.
Antes de dar início à sessão, que precisou ocorrer na Câmara dos Vereadores de Itapoá, a Justiça já esperava que ela seria uma das maiores da história de Santa Catarina e preparou uma megaoperação envolvendo a logística.
Os membros do júri popular foram isolados durante os três dias de julgamento, sem celular nem qualquer contato com outras pessoas. Para tornar isso viável, eles receberam comida e também hospedagem na cidade.
— Será a primeira vez que um júri ultrapassa um dia na comarca. Então obedecemos a todos os protocolos na organização — havia dito Michela Andrea Morbi, chefe da secretaria do foro da comarca de Itapoá, ainda antes da sessão.
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