Santa Catarina terminou janeiro com o maior número de furtos para o período nos últimos seis anos. De acordo com o boletim divulgado nesta semana pelo Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial (CSSPPO), no último mês, foram 10.262 ocorrências — 7,04% a mais do que em 2022, quando foram 9.587 casos entre 1º e 31 de janeiro.

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O número de ocorrências em 2023 também é o maior desde o período anterior ao da pandemia. Em 2020, quando não havia restrições, o mês teve 10.159 casos. Já em 2018, foram 8.663 furtos. As cidades catarinenses com o maior índice, no entanto, não foram divulgadas.

SC registra 596 assassinatos em 2022, menor número da série histórica

O aumento nos casos de furtos, inclusive, gerou uma crítica por parte do cônsul da Argentina Federico Costa. No texto, publicado pelo representante em Florianópolis, ele diz que 70% dos atendimentos da entidade durante o verão foram de furtos, como de dinheiro e aparelhos eletrônicos.

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“A grande maioria dos furtos foi em veículos, onde o criminoso identifica pelas placas que as vítimas são turistas. Tivemos casos de furtos do próprio veículo, que alguns dias depois são encontrados com placas falsas. São casos que deveriam preocupar, pois o mesmo turista que gera renda para o Estado, se sente inseguro e desprotegido, e certamente pensará duas vezes antes de voltar”, diz o cônsul.

Em nota, a Polícia Militar e a Polícia Civil contestaram os dados. Eles disseram que, até o momento, 13 crimes contra o patrimônio envolvendo turistas argentinos foram registrados em todo o litoral catarinense e que “as ocorrências envolvendo argentinos diminuíram 20% em relação ao mesmo período do verão de 2019-20, antes da pandemia. Só em Florianópolis a redução foi de 27%”. (confira a nota abaixo)

Roubos e feminicídios têm queda em SC

Em contrapartida, os roubos diminuíram em Santa Catarina. Em janeiro desse ano, 638 ocorrências foram registradas — queda de 9,24% em relação a 2022 quando foram 703 casos. Também houve diminuição no comparativo ao período anterior a pandemia: 42,52% em relação a 2020, quando foram 1.110 roubos.

O Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial também divulgou os dados em relação ao número de homicídios e feminicídios em Santa Catarina, durante o mês de janeiro.

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Entre os dias 1º e 31, 64 pessoas foram assassinadas no Estado. O número é 4,91% maior do que no mesmo período do ano passado, quando eram 61 mortes violentas. Só em Joinville, no Norte, foram 14 casos. A cidade, inclusive, teve crescimento de 600% em relação a janeiro de 2022. Em seguida vem Campo Erê, no Oeste, que registrou cinco mortes no último mês.

Apesar disso, o feminicídio teve queda em Santa Catarina. Em 2022, oito casos foram registrados em janeiro, enquanto nesse ano o número caiu para seis.

Confira a nota conjunta das Polícias Civil e Militar:

NOTA A RESPEITO DE PUBLICAÇÃO NA COLUNA DO JORNALISTA RENATO IGOR

O Estado de Santa Catarina comemora a Temporada de Verão que, até o momento, está sendo a que mais recebeu turistas nos últimos anos, especialmente para quem veraneia no norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis.

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A expectativa, segundo a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) é de que estamos recebendo cerca de 40% de turistas a mais do que no ano anterior.

Neste sentido, a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), através do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pelas praias de maior fluxo de turistas nesta região, registra também um índice histórico no mês de janeiro de 2023.

Foi uma temporada aguardada especialmente após um longo período de pandemia. As ações de Ordem Pública vêm trazendo resultados não só para a população local, de aproximadamente 200 mil pessoas, mas também dos milhares de turistas, brasileiros, argentinos e estrangeiros, alcançando os melhores índices de diminuição de homicídios em 16 anos.

Não houve até o momento nenhum registro de mortes violentas intencionais (homicídios, latrocínios e/ou confrontos policiais) neste período. Os crimes também se refletem na diminuição de crimes contra o patrimônio, de menor gravidade, especialmente furtos.

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O reflexo da atuação da PMSC, em conjunto com as demais forças de segurança, decorre das apreensões realizadas. Somente em 2022 foram 57 armas apreendidas no Norte da Ilha de Santa Catarina. Isso significa que, quanto menor for o número de armas nas mãos de criminosos teremos um resultado em índices menores de homicídios e a maior percepção de segurança dos turistas e dos moradores.

No que se refere à manifestação do Cônsul Argentino em matéria veiculada na coluna do jornalista Renato Igor, na NSC total – 2023, os números da PMSC não refletem a realidade sugerida pela autoridade estrangeira.

Quanto aos turistas argentinos, a PMSC registrou em 2023, até o momento, três crimes contra o patrimônio no Norte da Ilha e 13 ao longo de todo o litoral catarinense, significando, em relação ao número total de turistas daquele país, um pequeno índice frente à grande temporada de verão apresentada.

No comparativo geral, as ocorrências envolvendo argentinos diminuíram 20% em relação ao mesmo período do verão de 2019-20, antes da pandemia. Só em Florianópolis a redução foi de 27%

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Na Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), até o momento, foram registrados 20 Boletins de Ocorrência (BO) por turistas estrangeiros e, além de buscar ajuda na delegacia mais próxima, a PCSC tem a Delegacia de Proteção ao Turista (DPTUR) – com unidades localizadas no Aeroporto e na Rodoviária – sempre disponível para atender os turistas. Para oferecer ainda mais tranquilidade aos viajantes, a DPTUR irá lançar uma Cartilha com dicas de prevenção em espanhol para atender os turistas que vem principalmente da Argentina e do Chile.

A Polícia Militar e a Polícia Civil alertam para que os casos de furto e roubo, sejam reportados aos órgãos policiais e, assim poderão ser determinados ações preventivas e repressivas em prol dos turistas.

Na Operação Verão a PMSC e a Polícia Civil divulgam campanhas permanentes de segurança individual e patrimonial com o objetivo de serem evitados crimes contra o patrimônio e que necessitam ser observados pelos turistas e população em geral“.

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