Santa Catarina tem nove barragens de rejeitos de mineração. As estruturas, em sua maioria concentradas no Sul do Estado, são alvo constante de preocupação, mesmo que comportem juntas 2,4 milhões de metros cúbicos de material – o que indica que as daqui são menores que as de Brumadinho, que se rompeu na semana passada, e a de Mariana, ambas em Minas Gerais, cujo desastre ambiental aconteceu em 2015.

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Mesmo assim, já houve um acidente deste tipo em território catarinense, o que serviu para deixar as autoridades em alerta: no dia 25 de novembro de 2014, a barragem de rejeitos do beneficiamento de carvão da mina Bonito 1, em Lauro Müller, no Sul do Estado, provocou o despejo de água com resíduos do minério no rio Rocinha, afluente do rio Tubarão. A quantidade que vazou não foi detalhada pela empresa responsável à época, a Carbonífera Catarinense, nem pelos órgãos ambientais, mas foi suficiente para deixar o manancial completamente negro. Os trabalhos para estancar o vazamento levaram dez dias para serem concluídos, mas o tempo passou e nem multas foram emitidas contra os responsáveis.

Apesar disso, o secretário de Defesa Civil de Santa Catarina, coronel João Batista Cordeiro Júnior, ao ser questionado sobre a preocupação que o episódio recente de Brumadinho desperta em estados onde há atividade mineradora, disse que “o Brasil tem uma política nacional de segurança de barragens e um sistema de monitoramento eficientes”.

– Em Santa Catarina existe uma instrução normativa do Corpo de Bombeiros que cobra os planos de segurança e ação de emergência nestas regiões, a exemplo do que funciona em Lauro Müller.

Segundo o secretário de Defesa Civil do Estado, após o episódio em Minas Gerais as ações fiscalizatórias dos órgãos catarinenses foram intensificadas.

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