Santa Catarina está com baixa cobertura vacinal de BCG, vacina que protege contra as formas graves da tuberculose – meningite tuberculosa e tuberculose miliar – aplicada em recém-nascidos. Até o momento, 51% do público-alvo foi vacinado, número que representa cerca de 40% a menos do que o previsto pelo Ministério da Saúde no Estado.
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O imunizante deve ser aplicado logo nos primeiros meses de vida.
No ano passado, a aplicação, no mesmo período deste ano, alcançou 66% dos bebês dentro da faixa etária, número que representou uma queda de cobertura vacinal nos últimos cinco anos, já que em 2016, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a porcentagem de aplicação ficou acima do previsto, 97% dos bebês estavam imunizados – dentro do período analisado. Este ano, os números seguem em queda.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), um dos fatores que faz com que essa curva de imunização caia está relacionado com a propagação de fake news. Apesar disso, o desabastecimento de doses vindas do Ministério da Saúde também tem prejudicado a campanha.
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Segundo o que explica o pediatra Daniel Becker à NSC Tv, as doenças podem ser fatais e, no caso da tuberculose, ela não representa apenas tosse e meses de tratamento, mas pode matar os bebês.
— Por isso que a gente desenvolveu a vacina — afirma.
Apesar de obrigatório para recém-nascidos, todas as faixas etárias podem receber o imunizante.
Situação no Brasil
A queda nos números de imunização se repete no país todo. Segundo o Ministério da Saúde, a aplicação do imunizante caiu de 105%, em 2015, para 68,6% em 2021.
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