Apesar dos números de afogamento terem caído, um dado chama a atenção em Santa Catarina: durante a temporada de 2022/2023 os casos envolvendo água salgada aumentaram 31%, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar. Os homens seguem sendo as principais vítimas no litoral catarinense. Para os bombeiros, a imprudência segue sendo o principal causador de acidentes.

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Conforme os dados, neste verão até 12 de fevereiro, 21 das 41 mortes por afogamento ocorreram no mar. No ano passado, durante o mesmo período, foram 16 casos. Além disso, o número de ocorrências nesta temporada supera o das últimas quatro. Isto porque em 2020/2021 foram 13 e em 2019/2020, 16 casos em água salgada.

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De acordo com os bombeiros, não há um motivo específico para o aumento das ocorrências, mas a suspeita é de que a maioria tenha ocorrido por imprudência. Isto porque alguns banhistas não têm respeitado as sinalizações e orientações dos guarda-vidas. “Por vezes ingerem bebida alcoólica e entram no mar, por exemplo”, disse a corporação em nota.

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Outro ponta citado pela equipe é de que, neste ano, houve situações pontuais com pescadores. Entre elas está João Carlos dos Santos Leal, de 52 anos. Ele morreu após um naufrágio na Praia do Pântano do Sul, em Florianópolis, em 22 de dezembro.

Mais de 20 tripulantes homens estavam à bordo quando a embarcação afundou no litoral sul da Capital. De acordo com os relatos recebidos pela Polícia Civil, o naufrágio aconteceu de forma repentina e sem causa aparente. Em depoimento à polícia, o irmão do pescador morto, que também estava no incidente, relatou que “do nada” João Carlos apareceu boiando de bruços.

Afogamentos em água doce e piscinas têm queda

De acordo com o último boletim de divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar, o número de afogamentos, no geral, tiveram queda em relação ano passado. Nesta temporada, foram 41 casos entre os dias 17 de dezembro de 2022 e 12 de fevereiro de 2023. No mesmo período no ano passado foram 50 casos.

A queda nos números ocorre principalmente por conta da redução das ocorrências com morte em áreas privativas e em água doce. Conforme os bombeiros, são quatro casos em 2023 contra 13 no ano passado em relação a afogamentos em piscinas, enquanto no segundo caso são 16 contra 21 da última temporada.

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Outro dado importante é o aumento no número de resgates. Ao todo, 3.654 deixaram de se afogar no Estado, um crescimento de 60% em relação ao ano passado, quando foram 2.287.

Entre as principais cidades com ocorrências de afogamento nos últimos anos estão Florianópolis, Laguna, Balneário Arroio do Silva, Barra Velha, Garopaba e Itajaí. Os números por município, no entanto, não foram divulgados pelos bombeiros.

A idade média das vítimas é de 37 anos, sendo que dessas 35 são homens e duas são mulheres.

Confira dicas para evitar afogamentos:

  • Procure nadar em lugares na praia onde há postos de guarda-vidas;
  • Evite banhar-se nas praias com bandeira vermelha;
  • Não tente salvar pessoas vítimas de afogamento sem estar habilitado. Neste caso, lance algum objeto que a ajude a vítima a flutuar e acione guarda-vidas ou a emergência pelo telefone 193;
  • Nas piscinas sempre tenha uma barreira física, para evitar o acesso de crianças;
  • As crianças só devem estar na área de piscina ou dentro dela se houver um adulto supervisionando;
  • Se for em um clube, hotel ou pousada, se possível procure locais com a prevenção de guarda-vidas;
  • Não sabe nadar? Use coletes salva vidas – nunca boias – nem mesmo em crianças, já que dão a falsa sensação de segurança;
  • Prefira banhar-se em locais rasos e sem correnteza;
  • Evite banhar-se sozinho – vá com amigos e familiares e/ou procure um local de banho conhecido, com outras pessoas e, se possível, com guarda-vidas;
  • Não nade após refeições;
  • Antes de mergulhar, certifique-se da profundidade. Um acidente pode provocar sequelas irreversíveis.

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