Santa Catarina tinha apenas 11 vagas de leitos de UTI para atendimento de crianças e adultos na rede pública na noite deste domingo (28). Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e apontam que a taxa de ocupação está em 99,08%.

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Das vagas, duas são para atendimento pediátrico, três para neonatal e seis para adultos. A única região que aparece com 100% de lotação é a da Foz do Rio Itajaí. (veja as vagas abaixo)

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Em relação às crianças, cinco regiões estão com todas as unidades de internação ocupadas, com uma taxa de ocupação em 98,36%. As únicas vagas disponíveis estão no Hospital e Maternidade Jaraguá, no Norte do Estado, e no Materno Infantil em Criciúma, no Sul.

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Mapa mostra a taxa de ocupação em leitos de UTI – (Foto: SES/Divulgação)

Entre as UTIs neonatal, também há 100% de ocupação em cinco regiões, gerando um percentual de 98,74% em todo o Estado. As vagas estão no Hospital Santo Antônio, em Blumenau, no Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, e no Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê.

Por fim, em relação aos adultos, apenas três regiões não possuem vagas para internação: Grande Oeste, Vale do Itajaí e Foz do Rio Itajaí. A taxa geral é de 99,28%.

Confira as vagas disponíveis:

Pediátrico

  • Hospital e Maternidade Jaraguá, em Jaraguá do Sul – uma vaga;
  • Materno Infantil, em Criciúma – uma vaga.

Neonatal

  • Hospital Santo Antônio, em Blumenau – uma vaga;
  • Hospital Regional do Oeste, em Chapecó – uma vaga;
  • Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê – uma vaga.

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Adulto

  • Hospital Dr José Athanazio, em Campos Novos – uma vaga;
  • UPA 24h, em Mafra – uma vaga;
  • Hospital Regional de Biguaçu Helmuth Nass, em Biguaçu – uma vaga;
  • Hospital de Caridade, em Laguna – uma vaga;
  • Hospital Nossa Senhora Conceição, em Tubarão – uma vaga;
  • Hospital Dom Joaquim, em Sombrio – uma vaga.

Dengue e doenças respiratórias

De acordo com o governo estadual, a rede é pressionada por casos de dengue e doenças respiratórias, agravadas pela baixa cobertura vacinal. O chefe do departamento de saúde pública da UFSC, Rodrigo Moretti, explica que a alta das doenças respiratórias já é esperada para essa época do ano, com a queda das temperaturas, mas que essa não é a única razão para a crise das UTIs. O problema é, na verdade, contínuo e só fica mais evidente quando há maior pressão sobre a rede hospitalar, o que ocorre agora.

A crise parte, ainda segundo Moretti, de um histórico de baixa formação de profissionais especializados para atuar em UTIs e de investimentos abaixo do necessário ao longo dos anos, o que depende não só do governo estadual, já que a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite — os municípios e o governo federal, hoje sob gestão Lula (PT), também são responsáveis.

Conforme a Secretaria do Estado da Saúde, o número é causado por aumento de bronquiolite, asma e pneumonia, doenças com maior registro nas últimas semanas. Diante da ocupação, a pasta pretende abrir nas próximas semanas novos leitos adultos no Estado – a maioria no Vale do Itajaí, onde os hospitais já estão com 100% de ocupação.

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Estão previstas 28 novas UTIs adultas — 20 delas em Itajaí e outras oito em Brusque. Além disso, o Estado deve abrir também UTIs neonatais e pediátricas, inclusive em parceria com unidades privadas. Conforme divulgou o colunista do NSC Total Raphael Faraco, todos os 120 leitos infantis em Santa Catarina estão ocupados.

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