Santa Catarina tem ao menos 685.785 pessoas que tomaram apenas a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e não apareceram mais nos postos de saúde para receber a segunda. Já 2.750.687 abandonaram a vacinação depois de terem recebido só duas doses, antes do primeiro reforço.

Continua depois da publicidade

Receba notícias do DC via Telegram

Os números são de balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (20), quando foi anunciado o início da aplicação da quarta dose em pessoas com idade a partir dos 40 anos em todo o país — no Estado, ainda não houve anúncio.

Entre quem já estava autorizado, com 50 anos ou mais, há 881.768 pessoas com esse segundo reforço em atraso em Santa Catarina. Os dados foram compilados na última terça (14) e desconsideram pacientes que iniciaram a vacinação com imunizante da Janssen, que tem dose única.

O governo estadual, sob gestão Carlos Moisés (Republicanos), afirma que, até esta segunda, 91,29% da população vacinável, ou seja, das pessoas com 5 anos ou mais no Estado, recebeu a primeira dose da vacina. Esse número cai para 85,6% entre os que tomaram duas doses.

Continua depois da publicidade

Já a terceira dose, considerada a primeira de reforço, só foi aplicada até aqui em 46,75% da população com 18 ou mais, que já tem recomendação para isso. A aplicação do reforço é feita ao menos quatro meses depois da imunização anterior.

O governo de Santa Catarina afirma ainda que 59.019 pessoas com 60 anos ou mais já receberam a quarta dose, sem especificar quanto isso representa percentualmente se comparado à população vacinável.

Com o início da quarta dose para a faixa dos 40 anos, mais 247.099 pessoas no Estado passarão a estar aptas a voltar aos postos de saúde, segundo o Ministério da Saúde.

Ao Diário Catarinense, o governo do Estado afirmou, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), considerar alarmantes os números de pessoas com vacinação em atraso e tentar chegar a ao menos 80% de vacinados com até o primeiro reforço.

Continua depois da publicidade

Para isso, a gestão estadual diz ter reforçado campanhas de incentivo à vacinação e os contatos com municípios para que façam busca ativa de pacientes em atraso.

“A proteção obtida pela vacina contra a Covid-19 é importante não apenas para prevenir infecções agudas provocadas pelo coronavírus, mas também para proteger contra a Covid longa”, escreveu a Dive em comunicado.

Santa Catarina tem tido problemas expressivos de adesão à vacinação também envolvendo outras campanhas, casos das que são contra a gripe e o sarampo. No início do mês, quando deveriam ter sido encerradas, elas acabaram estendidas por conta dos baixos índices de cobertura vacinal, que estavam na metade das metas.

Na ocasião, o governo estadual já associava a baixa adesão no caso da vacinação contra a gripe à crise de superlotação dos hospitais em Santa Catarina, impulsionada pelo surto de doenças respiratórias. No sábado (18), eram oito pacientes à espera de uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Continua depois da publicidade

Leia mais

Queiroga não garante habilitar novos leitos de UTI em SC em meio a superlotação​

Covid em crianças mata quatro vezes mais em cidades pobres, diz estudo de SC