Santa Catarina teve uma das três maiores taxas de incidência de casos de Covid-19 nas duas primeiras semanas de julho. Os dados são do Boletim Observatório Covid-19, publicado na quinta-feira (22) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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Segundo o estudo, SC teve taxa de 30,6 e ficou atrás apenas de Roraima (40,3) e Mato Grosso (33,7) entre os Estados com maior incidência de casos. Na taxa de óbitos, SC aparece atrás de outras oito unidades da federação. Os dados considerados são das semanas epidemiológicas 27 e 28, que vão dos dias 4 a 17 de julho.
Apesar do indicador, SC e todos os outros estados brasileiros tiveram queda ou estabilidade na taxa de incidência de casos. A redução mais expressiva de casos ocorreu nos estados de Rio Grande do Norte, Rondônia e Alagoas. Segundo o estudo, esse fato está relacionado ao avanço da vacinação.
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“Embora os dados tragam algum alento, o país permanece ainda em um patamar muito crítico, com uma média diária de 39.064 casos e 1.196 óbitos. Diante disso, continuam pertinentes as preocupações quanto à possibilidade de piora no quadro pandêmico, especialmente, no momento, frente à propagação da variante Delta”, afirma o texto de apresentação do estudo.
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Transição da idade na pandemia no Brasil
Outra conclusão do estudo é uma transição no perfil de idade das pessoas infectadas e das mortes por Covid-19.
Segundo o boletim, a idade média dos casos e das mortes de covid-19 apresentou uma queda na comparação com a semana epidemiológica 1 (3 a 9 de janeiro) e 27 (3 a 10 de julho) de 2021.
Nos dados mais recentes, a média de idade das internações está em 53 anos, contra 62,5 na primeira semana epidemiológica do ano. As médias de óbitos foram de 73 anos na semana 1 e de 65 na semana epidemiológica 27.
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Os dados, segundo os especialistas, apontam para uma nova fase da epidemia no país. “Convém ressaltar que houve uma inflexão na tendência de declínio. Para os casos, a média de idade das internações já chegou a 52,1 anos. Para os óbitos, a inflexão é mais evidente: a média da idade atingiu 59,4 anos”, afirmaram os especialistas.
Avanço da vacinação é decisivo para conter pandemia
Nas últimas duas semanas epidemiológicas, foi registrada uma queda tanto no número de casos novos (-2,1%), quanto no de óbitos (-2,6%), tendência sustentada desde a análise das semanas anteriores. A taxa de letalidade foi mantida em torno de 3%.
Os pesquisadores destacaram a importância do avanço da campanha de imunização para a melhora nos números da pandemia. “O avanço da vacinação no Brasil tem ocorrido de forma mais lenta do que a desejável. Ainda assim, a melhoria do quadro pandêmico no país é uma consequência direta do aumento no número de imunizados”, disseram os especialistas.
* Com informações da Agência Brasil
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