O governo do Estado apresentou o balanço das ações promovidas pelas forças de segurança para mitigar os efeitos das fortes chuvas que atingiram e causaram estragos no Estado nos últimos dias. De acordo com os dados divulgados, 67 municípios decretaram situação de emergência e 115 tiveram ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), além de dano “considerável’ de estruturas e espaços públicos e problemas “pontuais” nas malhas rodoviárias federais e estaduais.
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— Com volumes que superam a média do mês (outubro), que costuma ser um período chuvoso em Santa Catarina, diversas regiões do Estado foram afetadas por inundações, alagamentos e deslizamentos, especialmente no Alto Vale do Itajaí, Extremo Oeste, Planalto Norte e Litoral Sul — destacou o coordenador de monitoramento e alerta da Defesa Civil, Frederico Rudolf.
De acordo com a Defesa Civil, essa semana será o “período mais crítico” das enchentes em Santa Catarina, apesar de um “alívio” nas precipitações entre esta segunda-feira e terça-feira (10). Na quarta-feira (11), retornam as condições de temporais, que podem vir acompanhados de raios, rajadas de vento, queda de granizo e chuvas intensas e volumosas em praticamente todas as regiões do Estado, além da preocupação com um solo “demasiadamente encharcado” e riscos de “alagamentos pontuais”.
— Teremos a passagem de uma frente fria na quinta (12), quando são esperados cerca de 60 a 80mm de chuvas em algumas regiões e possibilidade de áreas com incidência ainda maior — ressaltou Frederico Rudolf, recomendando que se mantenham a mobilização dos abrigos no Alto Vale do Itajaí, que está com rios e bacias saturados.
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— Já nas próximas semanas, se espera um período mais calmo e mais tranquilo, com chuvas mais localizadas, menos volumosas e menos persistentes — destacou.
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Para o diretor de Gestão e Desastres da Defesa Civil, Coronel César de Assunção Nunes, o balanço das ações do Governo de Santa Catarina ao término do segundo período de chuvas, que aconteceram ao longo do final de semana, foi “extremamente positivo” e que a próxima etapa é de “reconstrução”.
— Os municípios se preparam para o impacto. Isso implicou em abertura de abrigo e outras medidas de ajuda humanitária que são necessárias, além da atuação integrada com órgãos como Celesc, Cidasc, Casan e Secretaria de Saúde — afirmou.
Situação dos rios, barragens e enchentes
No caso do rio Itajai-Açu, que abrange cidades como Blumenau e Rio do Oeste e que atingiu volume histórico nesta madrugada, está agora em “lenta recessão” e com nível de 9,90 metros após atingir pico de 10,18 metros.
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— A gente espera que ele continue abaixando nas próximas horas e nos próximos dias, pelo menos até quarta-feira, quando devemos ter novos volumes de chuvas — desatacou Rudolf.
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Já no caso das barragens, elas estão sendo operadas de forma a “minimizar os impactos das cheias” em toda a região do Vale do Itajaí e “cumpriram completamente seu potencial”, sendo que a barragem de José Boiteux permanece com as comportas fechadas e a barragem de Ituporanga chegou a operar com mais de 120% da capacidade.
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