Das 178 cidades que não registraram mortes em setembro por Covid-19, 120 vacinaram mais de 50% da população com as duas doses da vacina. Os dados são de um cruzamento do Diário Catarinense com dados do Monitor da Vacina e do Painel do Coronavírus do NSC Total. As duas plataformas levam em conta informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES). 

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Setembro trouxe dados favoráveis no combate à Covid-19 em Santa Catarina. No período, Santa Catarina registrou 518 mortes em 117 cidades, sendo o mês com o menor número de vítimas da Covid-19 em 2021. Se comparado com agosto, houve uma queda de 25% – foram 691 óbitos.

A redução também fica evidente ao comparar o número de cidades que registraram mortes em cada um dos dois meses. Em agosto, foram 142 municípios, um dado que aumentou para 178 em setembro.

Um dos fatores que pode ter contribuído para o aumento dos municípios sem óbitos é a vacinação. Isto porque das 178 cidades, em 120 mais da metade da população tomou as duas doses ou vacina de dose única, o que garante a imunização completa contra a Covid-19. (veja abaixo a lista completa de cidades)

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Também há 17 cidades em que mais de 70% das pessoas completaram o esquema vacinal, como é o caso de Piratuba (81,58%), Marema (80,57%) e Tigrinhos (78,07%). Em relação à primeira dose, 114 das 178 cidades vacinaram mais de 70% da população geral.

— Isto é um número bastante impactante. Se nós fizermos um contraste dessa quantidade de mortes, com a ocupação dos leitos de UTI e a curva da vacinação, é possível perceber essa queda na mortalidade — pontua o infectologista Ricardo Freitas. 

Mortes podem ser minimizadas em 2022, aponta especialista

Segundo o especialista, a vacinação é, sim, o que contribuiu na queda nos números da pandemia em Santa Catarina nos últimos meses, mesmo com a preocupação da variante Delta. 

— Apesar da preocupação com a variante Delta, ela não foi uma coisa tão importante quanto foi na América. Aqui, talvez pela missigenação de vacinas, ela conseguiu ser combatida — salienta.

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Freitas diz, ainda, que, com o avanço da vacinação, é provável que a quantidade de mortes pela Covid-19 seja minimizada no próximo ano ou que se tenha um número semelhante ao de casos envolvendo a H1N1.

— Eu acredito que em 2022 vamos conseguir zerar as mortes. O que também pode acontecer é a letalidade ficar atrelada a faixa etária e as comorbidades, como acontece com a H1N1, por exemplo. Ou seja, com a vacinação plena, e a dose de reforço, podemos minimizar [o impacto da doença] — explica.

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Mesmo com números positivos, cuidados devem continuar

Com a redução no número de casos e mortes, o governo de Santa Catarina já estuda novas flexibilizações. Entre elas, a liberação do uso de máscara em ambientes abertos para novembro, caso o Estado atinja 70% da população totalmente imunizada contra o vírus. Até esta quinta-feira, 44,82% pessoas já receberam a segunda dose ou vacina de dose única. 

Mesmo assim, o infectologista acredita que algumas restrições devem continuar, ainda em 2022, como por exemplo o uso de máscaras em ambientes fechados e a limitação de público em alguns estabelecimentos. 

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— Nós chegamos em um momento muito bom da pandemia, mas não significa que precisamos entrar em uma euforia enloquecida. Algumas coisas vão ficar para sempre e não vão voltar a ser exatamente como era antes — alega. 

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Enquanto isso, ele reforça a necessidade de continuar com os cuidados, como o uso de máscaras e a higienização das mãos, principalmente para evitar uma nova explosão de mortes. 

— Sempre digo que é fácil entrar na pandemia, díficil é sair dela. Por isso, temos que continuar com todos os cuidados. Temos que dar passos lentos e seguros, para que a gente não tenha que voltar atrás — finaliza. 

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