O vírus Influenza provocou a morte de 62 pessoas em Santa Catarina neste ano, aponta o mais recente relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive/SC) sobre a doença, divulgado nesta segunda-feira (7).
Continua depois da publicidade
De acordo com o boletim, o número aumentou em relação à semana anterior: mais três mortes foram confirmadas nas cidades de São José e Águas Mornas, na Grande Florianópolis, e em Camboriú, no Vale do Itajaí.
Do total de óbitos pela doença registrados em Santa Catarina neste ano, 51 foram provocados pelo subtipo A do vírus (H1N1), enquanto cinco foram ocasionados pelo subtipo A (H3N2).
Outros quatro não foram subtipados, um ocorreu por influenza B e um caso foi encerrado por vínculo epidemiológico, por ter tido contato com duas pessoas laboratorialmente confirmadas com influenza.
O número de casos de influenza também aumentou em relação ao último relatório da Dive/SC, uma semana atrás. Foram mais nove registros confirmados. No total, do começo do ano até esta segunda-feira (7), foram confirmados 470 casos em Santa Catarina. O número supera o total de casos registrados no ano passado, quando foram 461 nos 12 meses.
Continua depois da publicidade
Ainda conforme a Dive/SC, a maior parte dos casos tem origem no vírus H1N1 (361), seguido por Influenza B (35) e H3N2 (19). Um caso foi encerrado por vínculo epidemiológico.

Jaraguá do Sul é a cidade com mais mortes
As 62 mortes em SC no ano aconteceram em Jaraguá do Sul (7), Joinville (6), Tubarão (4), Blumenau e Chapecó (3 cada), Balneário Camboriú, Criciúma, Palhoça, Rio Negrinho, São Bento do Sul, São José e São Miguel do Oeste (2 cada).
Registraram uma morte cada pela doença os seguintes municípios: Águas Mornas, Alfredo Wagner, Biguaçu, Brusque, Camboriú, Campos Novos, Canoinhas, Descanso, Florianópolis, Fraiburgo, Governador Celso Ramos, Guabiruba, Itapema, Lages, Mafra, Meleiro, Peritiba, Pomerode, São Francisco do Sul, São João Batista, São Joaquim, São Lourenço do Oeste, Seara, Tangará e Tunápolis.
77% das vítimas tinham mais que 50 anos
O novo boletim da Dive/SC também demonstra que a maioria das vítimas fatais do vírus tinha mais de 50 anos de idade. Essa parcela representa 77% das mortes.
Continua depois da publicidade
No total, houve um caso entre 5 a 9 anos; um caso na faixa entre 10 e 19 anos; um caso entre pessoas entre 20 e 29 anos; três casos entre 30 e 39 anos; 8 casos em pessoas de 40 a 49 anos; 19 casos entre 50 a 59 anos; e 29 casos em pessoas acima de 60 anos.
Doença e prevenção
A Dive/SC recomenda que a população procure o posto de saúde mais perto de casa aos primeiros sintomas da gripe. São eles: febre alta e dores musculares, de garganta, cabeça, coriza e tosse seca.
O órgão ressalta que a febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Nesse caso, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para que seja reduzida a duração dos sintomas e, principalmente, impedir a ocorrência de complicações.
Segundo a diretoria, apesar de o vírus Influenza intensificar-se no período de maio a agosto (inverno), ele circula todos os meses do ano. Portanto, devem ser reforçadas as medidas de prevenção, principalmente lavar as mãos com frequência e evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.
Continua depois da publicidade
Para diminuir os riscos de contrair gripe, recomenda-se:
– Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de comer;
– Usar lenço descartável ao tossir, espirrar ou assoar o nariz;
– Se não tiver lenço, cobrir a boca e o nariz com o antebraço quando espirrar ou tossir;
– Evitar tocar olhos, nariz e boca;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Beber bastante água;
– Evitar aglomerações;
– Manter ambientes bem ventilados;
– Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas da gripe.