Santa Catarina segue com 12 regiões com nível de risco grave e quatro com risco alto para coronavírus, aponta o novo mapa atualizado semanalmente pelo Governo do Estado. A atualização foi divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na manhã desta quinta-feira (15). Para o secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, o cenário apresenta “certa estabilidade”, mas com “sinais de alerta”.
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Em relação à semana passada, duas regiões tiveram mudanças no mapa de risco. A região do Alto Vale do Itajaí, que estava com risco grave, melhorou a situação e passou para o risco alto. Já a Serra Catarinense piorou a situação, passando do nível de risco alto para o grave. As demais regiões continuaram com a mesma classificação da semana anterior. O mapa leva em conta dados de transmissibilidade do vírus, leitos vagos e aumento de casos ativos.
— Essa é a terceira semana que estamos utilizando a ‘recalibragem’ da matriz, e ela mostra claramente o quão evoluímos, ela se tornou mais sensível. Quando se percebe pelos números que os casos estão aumentando, eles se refletem diretamente na classificação de risco, como aconteceu na Serra e no Alto Vale, em caminhos opostos. A transmissibilidade é uma das questões que se leva muito em consideração, e isso está sendo mostrado claramente no mapa, é uma certa estabilidade, mas mostrando sinais de alerta — avaliou o secretário André Motta Ribeiro, em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, nesta quinta.
Com a nova atualização do mapa, estão com risco grave (em laranja no mapa) para a Covid-19 as seguintes regiões: Extremo Sul, Carbonífera, Laguna, Grande Florianópolis, Serra Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Nordeste, Planalto Norte, Alto Vale do Rio do Peixe, Meio Oeste, Alto Uruguai Catarinense e Extremo Oeste.
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Já as quatro regiões que estão em risco alto (em amarelo no mapa) são: Oeste, Xanxerê, Alto Vale do Itajaí e Médio Vale do Itajaí.

Volta às aulas
A classificação de risco das regiões é uma das condições para a liberação da volta às aulas presenciais em Santa Catarina. Apenas as escolas que ficam nas regiões com risco alto (em amarelo no mapa) ou moderado (em azul) podem retomar as atividades. Além disso, as escolas também precisam ter os planos de contingência homologados pelos comitês municipais.
Na rede estadual, a previsão é que as aulas retornem a partir de segunda-feira (19). O cronograma prevê a retomada gradual das atividades presenciais a partir dos alunos do terceiro ano, com atividades de reforço pedagógico.
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O secretário André Motta Ribeiro falou sobre o assunto na entrevista à NSC TV. Ele defendeu que os regramentos para o retorno das aulas oferecem segurança.
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— Tem que ficar muito claro que os regramentos sanitários construídos pela Saúde são os mais seguros possíveis dentro dessa pandemia. Obviamente que com uma matriz de risco que modifica de semana para semana, a questão logística do retorno às aulas é bastante complicada, mas as regras estão postas, elas são seguras, e a decisão agora é de cada gestor. O Estado já colocou claramente qual a sua intenção.
Aumento de casos preocupa
Ainda na entrevista à NSC TV, o secretário Motta Ribeiro reforçou a importância de que as regras de distanciamento continuem sendo respeitadas. Ele afirmou que o recente aumento de casos confirmados de Covid-19 é motivo de preocupação.
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— A questão de óbitos a gente está vivendo uma certa estabilidade, mas nos preocupa que aumentaram o número de casos. Se formos olhar para a semana passada, nós temos um aumento aí de 1.500 casos (…) Isso é preocupante e isso se reflete na matriz, foi o que aconteceu na Serra Catarinense. Infelizmente, o vírus continua presente, a pandemia não foi embora, a despeito do que alguns estão imaginando, e as consequências elas podem vir, e serão graves.
O número de casos diários de coronavírus em Santa Catarina teve mais um salto nesta quarta-feira (14), com 1.507 novos diagnósticos, conforme os dados divulgados pela SES. Com isso, o Estado contabiliza 228.403 casos confirmados de Covid-19. São 2.927 mortes pela doença.
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O secretário Motta Ribeiro também falou sobre a chance de um novo lockdown no Estado. De acordo com o secretário, essa possibilidade não está sendo estudada no momento, mas pode ser necessária caso a pandemia volte a se agravar.
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— Lockdown não está sendo discutido, mas é uma situação que pode acontecer. A Europa, por exemplo, Espanha, França, Inglaterra, e agora Portugal, ontem, já declararam lockdown por um retorno muito forte da pandemia. E é tudo que a gente está tentando evitar em Santa Catarina.