Alerta máximo para quem quiser aproveitar as águas e espantar o calor neste verão nas praias de Santa Catarina. Desde que a operação veraneio teve início, em 5 de outubro, sete pessoas morreram afogadas. Isso, levando-se em conta locais protegidas por guarda-vidas.
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No temporada passada, que se estendeu até março de 2013, foram dez mortes. Se os números continuarem assim, a temporada pode ser marcada por tragédias, como a que se abateu sobre a família de Bruno de Lima Barbosa, 15 anos, que se afogou na tarde de sábado, na Praia do Gi, em Laguna.
O adolescente tinha acabado de entrar no mar com outros dois amigos quando foi puxado pela corrente de retorno e desapareceu. O corpo foi encontrado na noite de Natal.
Desde o começo da operação veraneio são 31 mortes, sendo 22 em águas doce e nove em salgadas.
_O bombeiro faz a sua parte, mas a população precisa ajudar_ recomenda o coronel Gladimir Murer, subcomandante geral dos bombeiros militares em Santa Catarina.
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O alerta vale especialmente quando existem crianças ao redor. O afogamento infantil é a segunda maior causa de morte de crianças de 1 a 14 anos, segundo a ONG Criança Segura _ficando atrás somente do trânsito. Criança não se afoga apenas em piscina, praia, rio, açude, represa: quando pequenas, até em baldes, bacias, banheiras, vaso sanitário.
Veja entrevista com o Coronel Gladimir Murer, subcomandante geral dos bombeiros militares em Santa Catarina
Diário Catarinense_ Em termos de segurança o banhista pode se sentir seguro nas praias do Estado?
Comandante Gladimir Murer_ Se pensarmos em infraestrutura, envolvendo pessoal e equipamentos, sim. É o maior investimento dos últimos 50 anos. O bombeiro faz a sua parte, mas a população precisa ajudar.
DC_ Teremos mais bombeiros do que nos anos anteriores nos balneários?
Comandante Murer_ Sim. Aumentamos de 142 para 157 os locais e em 180 guarda-vidas em relação ao ano passado.
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DC_ Então dá para relaxar?
Comandante Murer_ Prestando atenção na sinalização sim. É necessário que a pessoa, mesmo em férias e descansando, de a sua contrapartida para não correr determinados riscos em termos de sua segurança e de outras pessoas.
DC_ O verão mal começou e já temos mortes por afogamento nas praias.
Comandante Murer_ Existe uma questão básica que é atentar para a bandeira vermelha, a qual não significa local perigoso, mas banho proibido naquele local. Se a pessoa atender a isso, estará contribuindo para evitar repuxos e outros incidentes, como queda em buracos.
DC_ Como fica a questão da segurança em locais não públicos, como represas e parque aquáticos?
Comandante Murer_ Nestes casos a segurança cabe ao proprietário do local. O responsável pelo empreendimento precisa contratar o serviço.