Com o calor, aumenta o número de pessoas nas praias e também as ocorrências registradas nos balneários. Uma delas é a reação ao contato com as águas-vivas. Nesta temporada, o Corpo de Bombeiros já contabilizou 20,4 mil casos no Estado. No mesmo período do ano passado, entre outubro e 15 de janeiro, havia 50,5 mil casos. Mesmo com a redução de quase 60%, especialistas alertam que o alto número de ocorrências pode ser considerado um surto e requer atenção.

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— O correto é comparar a temporada de verão inteira e não parte dela. Os ciclo de reprodução e crescimento destes organismos apresentam variações. De qualquer forma, o registro de número de casos acima de 20 mil pode ser considerado surto e em dois anos consecutivos é ainda mais raro — explica o oceanógrafo e professor de planctologia e pesquisador da Universidade do Vale do Itajaí, Charrid Resgalla Júnior.

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O especialista defende que não há como precisar os motivos para tantos casos, mas explica que está associado a processos climáticos de anos ou até décadas. Além disso, sempre há águas-vivas nesta época do ano e que estão na costa, normalmente em áreas de profundidades de mais de 20 metros, e que são transportadas para a região de praia por ventos e correntes costeiras.

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O Sul de Santa Catarina é o que mais apresenta ocorrências. Só nesta temporada foram 13.961, que representam 68% do total. Em Balneário Rincão, em Içara, foram 6.391 casos, já em Balneário Gaivota, 2.914. A explicação, mais uma vez, pode estar nas correntes, aponta Resgalla:

– Acredita-se que a área de uma das fases reprodutivas das águas-vivas esteja concentrada no litoral centro-norte do Estado, e com as correntes predominantes de norte para o sul as águas-vivas são transportadas para o sul de SC, atingindo as praias nesta região.

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Em Florianópolis, as praias com maior número de ocorrências até agora foram Canasvieiras (1707) e Campeche (1.369). 

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