O Estado de Santa Catarina registrou 54 mortes por afogamento durante a temporada de verão, 32 a menos do que na temporada passada, quando foram 89 registros. O perfil médio das vítimas de afogamentos no Estado é homem, por volta dos 33 anos, conforme dados da Operação Veraneio, que encerrou no último domingo (18).

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Das mortes registradas, 23 foram em água doce (lagos e rios, por exemplo), 19 em água salgada (no mar), e 12 em áreas privadas (piscinas). Das que ocorreram no mar, 12 foram onde não havia guarda-vidas e sete ocorreram na área de cobertura dos guarda-vidas. Quatro mortes após afogamentos estão em investigação para apurar a causa real.

A idade média das vítimas é de 33 anos, e 39 são homens (entre as vítimas de água salgada e doce). Apenas três vítimas eram mulheres.

A operação também contabiliza o número de crianças perdidas (3.029) e lesões por água-viva (41.482). Ao todo, guarda-vidas e bombeiros atuaram no salvamento de 3.272 pessoas no litoral catarinense, ou seja: uma pessoa salva a cada 15 minutos.

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Pós-temporada

Na segunda-feira (19) iniciou a etapa de pós-temporada da operação, que segue até 31 de março. Neste período, os postos guarda-vidas começam a ser gradativamente desativados. O atendimento segue sendo realizado com 317 postos em praias de 28 municípios litorâneos. Em algumas cidades, por conta do fluxo de pessoas e turistas, o serviço é mantido durante todo o ano.

— Nesta etapa há a avaliação constante por parte do comando de cada região para definir quando e em que locais os postos serão ativados. O fluxo médio de pessoas, se é final de semana ou feriado são fatores que contribuem para essa tomada de decisão — ressalta o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), coronel Fabiano Bastos das Neves.

A temporada 2023/2024 contou com a maior mobilização de tropa da história da corporação: foram 149 guarda-vidas militares, cerca de 2 mil guarda-vidas civis voluntários e 262 alunos-soldados em estágio supervisionado atuando, além de cerca de 300 viaturas, incluindo aviões, helicópteros, moto aquáticas, quadriciclos e embarcações.

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Lesões por água-viva e número de crianças perdidas aumentam

Nesta temporada, os atendimentos de lesões por água-viva aumentaram quase 75%. Ao todo, foram 41.482 atendimentos realizados, ou seja, a cada 1 minuto e 8 segundos, uma pessoa foi atendida nos postos de guarda-vidas.

Já em casos de crianças perdidas, o crescimento foi de mais de 20%. Nos 65 dias de operação, 3.029 crianças se perderam nas praias. Todas retornaram às famílias.

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