O número de casos confirmados de dengue chegou a 1.573 em 182 municípios neste ano, um aumento de 29 vezes se comparado com o mesmo período de 2018, quando foram registrados 53 casos. Os dados foram divulgados no último relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), lançado nesta quinta-feira (18). O documento leva em conta informações coletadas até o dia 13 de julho.
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Além do número de casos, outro valor que cresceu consideravelmente é o de focos do mosquito. De 30 de dezembro de 2018 a 13 de julho de 2019, foram identificados 21.467 focos do mosquito Aedes aegypti em 182 municípios.
Comparando ao mesmo período de 2018, quando foram identificados 11.928 focos em 152 municípios, um aumento de 80%.
Santa Catarina têm três municípios em condição de epidemia da doença, todos no Litoral Norte. Itapema possui o maior número de casos autóctones (contraídos no local), são 606 registros com uma taxa de incidência de 958,1 casos por 100 mil/habitantes. Em seguida temos Camboriú com 341 confirmações e 421,9 casos por 100 mil/habitantes. Já Porto Belo conta com 84 ocorrências e 403,2 casos por 100 mil/habitantes.
A caracterização de epidemia ocorre pela relação entre o número de casos confirmados e de habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
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O número de municípios infestados passou para 94, com a inclusão do município de Vargeão, neste relatório. Em relação a 2018 que registrou 73 municípios nessa condição, houve um incremento de 28,8%. Segundo a Dive/SC a definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.
Veja a lista completa de municípios:

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
Mantenha lixeiras tampadas;
Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
Mantenha ralos fechados e desentupidos;
Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
Retire a água acumulada em lajes;
Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde.