A proposta de aplicação de limites constitucionais mínimos de investimentos públicos na segurança pública, assim como já acontece na saúde e educação, ganhou espaço na 12ª conferência da Associação Internacional dos Chefes de Polícia (IACP), nesta terça-feira, em Florianópolis.

Continua depois da publicidade

A medida foi defendida pelo secretário da Segurança Pública de Santa Catarina, o promotor de Justiça César Grubba, no discurso de abertura do evento, que acontece em paralelo à 14a Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para a Segurança Pública.

Grubba afirmou que o crime e a violência são fenômenos complexos e às vezes as origens são inexplicáveis, o que faz necessária a criação de uma agenda nacional da segurança pública. O objetivo, completou, é estimular o país a aplicar fatia de recursos mínimos na área. Ele citou outras medidas que considera essenciais nesse plano:

– A reforma na legislação penal, integração nacional, tecnologia da informação, ações em fronteiras e o financiamento da segurança pública – ressaltou Grubba.

Continua depois da publicidade

Esperado para o evento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não compareceu. O governador em exercício, Nelson Schaeffer Martins, afirmou que segurança pública não se faz mais com contenção e repressão, mas com integração e medidas preventivas. Schaeffer destacou o fato de Santa Catarina ter a menor taxa de homicídios do Brasil.

No auditório lotado, a diretora-geral da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice Nascimento Souza, afirmou que o aplicativo Whatsapp é o grande exemplo de integração muito utilizado atualmente pelas polícias. Ela destacou também a importância do encontro como a conferência para a definição de ações na área. As reuniões e a feira vão até quinta-feira, no Centrosul.