Santa Catarina poderá dobrar as exportações de carne suína com a publicação da autorização no Diário Oficial do Japão na noite da última quinta-feira.

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Com a abertura do mercado japonês, segundo o secretário de Agricultura de SC, João Rodrigues, as exportações do produto para o país asiático representariam um incremento de US$ 500 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) na economia do Estado.

– É um mercado seguro, que vai injetar recursos e dar estabilidade para a nossa produção – afirma o governador Raimundo Colombo.

Inicialmente, o Estado pretende vender por mês 10 mil toneladas de carne suína ao Japão.

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De acordo com Enori Barbieri, presidente da Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), projetos que estavam engavetados agora poderão sair do papel com a atração de novos investimentos.

A liberação da exportação irá beneficiar empresas como a Aurora, que abate nove mil suínos por dia em todo o Estado. Com a reativação da unidade em Joaçaba prevista para 2014 e a ampliação da capacidade do frigorífico Aurora Chapecó I, a empresa pretende investir R$ 60 milhões no segmento para atender à nova demanda, segundo o vice-presidente da Aurora, Neivor Canton.

Carne também poderá ir para a EU e Coreia do Sul

Além do Japão, Santa Catarina tem perspectivas de exportar para a União Europeia, que enviou uma missão técnica para o Oeste do Estado e a Coreia do Sul. Há seis anos o Certificado de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação, fornecido pela Organização Mundial de Saúde Animal.

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Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados (Sindicarne), Cléver Pirola Ávila, foi este documento que habilitou o Estado a buscar o mercado japonês, que importa quase 800 mil toneladas de carne suína por ano.

O Ministério da Agricultura deve divulgar nos próximos dias a lista dos frigoríficos que atendem às exigências do mercado japonês.