A expectativa da safra de milho deste ano em Santa Catarina é grande: mesmo com a redução de 11,3% na área plantada, a estimativa aponta para até 2,4 milhões de toneladas produzidas, superando a previsão anterior de 2,2 milhões de toneladas. Os dados foram colhidos pelo levantamento Giro da Safra, produzido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em parceria com uma cooperativa de crédito.

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O levantamento percorreu 65 propriedades produtoras de milho, em 12 cidades do Oeste catarinense. Atualmente, as lavouras estão em fase de pré-colheira. A produção média de alguns municípios chegou a mais de 200 sacas por hectare. Só em Faxinal dos Guedes, uma das áreas avaliadas chegou a 270 sacas por hectare.

O Giro da Safra ainda não foi concluído, já que algumas lavouras ainda não atingiram a maturação fisiológica, como as dos municípios de Campo Erê e Abelardo Luz, que ainda terão áreas visitadas pelo projeto.

Haroldo Tavares Elias, analista de socioeconomia do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), afirma que a produtividade este ano está muito acima da média histórica.

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— Por consequência, devemos revisar os números para cima, tanto em produtividade quanto em produção total — diz.

O que explica a safra recorde de milho em SC

O principal fator que influencia na previsão de safra recorde de milho em Santa Catarina é a condição climática. Com chuvas bem distribuídas ao longo do ciclo produtivo, o desempenho das plantas foi favorecido, especialmente depois das dificuldades no começo da safra, como temperaturas abaixo de 15°C e as geadas em agosto de 2024.

— Os custos elevados de produção, o receio de ataques da cigarrinha e os baixos preços iniciais impactaram o planejamento dos produtores nesta safra. No entanto, o aumento na produtividade média deve compensar a menor área plantada — afirma Haroldo.

Em 2024, os preços pagos aos produtores foram maiores apenas que os registrados em 2019 e 2023. A valorização no fim do ano passado, no entanto, aponta para uma recuperação em 2025.

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O estudo é feito com propriedades sorteadas, que são monitoradas até o período de pré-colheita. Algumas espigas são analisadas por pesquisadores e estudantes.

As cidades com mais produção de milho em SC

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