Santa Catarina confirmou seu primeiro caso de varíola dos macacos nesta quinta-feira (7), em Florianópolis, e já aguarda por novos pacientes de perfil semelhante ao da primeira confirmação. Trata-se de um morador de São Paulo que esteve a passeio na capital catarinense, onde recebeu o diagnóstico da doença.

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Antes de vir ao Estado, o homem de 40 anos passou pela Espanha, onde foi infectado pelo vírus. A confirmação do paciente é classificada como um caso importado.

— Nós sabemos que essa é uma situação que vai ser cada vez mais frequente, principalmente agora em que nós vamos entrar em período de férias — disse a gerente da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Ana Vidor, à CBN Floripa.

A Europa vive um surto da monkeypox, como também é chamada a doença. Um maior fluxo de turistas catarinenses ao Velho Continente agora em julho, de verão europeu e férias escolares no Brasil, será acompanhado, portanto, de mais casos importados.

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Além disso, Santa Catarina ainda pode importar a doença mesmo de dentro do país, de quem venha dos Estados onde já ocorre transmissão comunitária, caso de São Paulo, que tem pacientes sem histórico de ida ao Exterior nem de contato com viajantes.

De acordo com a gerente da Vigilância Epidemiológica na capital catarinense, os cuidados a serem reforçados agora, a partir da primeira confirmação no Estado, são os mesmos que já têm sido adotados contra a Covid: máscara e distanciamento.

— É uma doença que, na maioria das vezes, se manifesta de início da mesma forma que a maioria das doenças infecciosas, com febre, mal-estar, dor no corpo, e também gânglios aumentados. Depois de dois ou três dias, começam a aparecer lesões na pele, bolinhas que viram vesículas que vão secando e acabam virando lesões com crostas. São essas lesões que facilitam a transmissão, assim como as gotículas que saem da boca quando as pessoas falam — disse também à CBN.

— Essas são as formas de transmissão, então, quanto mais próximas as pessoas estiverem entre si, e se estiverem sem máscara, maior a probabilidade de contaminação por gotículas. E o contato físico, pele a pele, é um grande fator de risco. Então festas e aglomerações, com pessoas próximas, são as situações de maior risco — explicou.

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O Estado teve até aqui seis notificações sobre a doença. Além do caso importado já confirmado, outros cinco suspeitos acabaram descartados após exames laboratoriais, segundo boletim mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

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