Santa Catarina pode estar perto do pico do atual surto de doenças respiratórias que lota hospitais em todo o Estado. A análise partiu de um boletim recém-divulgado pela Fiocruz sobre registros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), tipo de classificação que pode envolver casos agravados de Covid e gripe, por exemplo.
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O documento da entidade aponta que, nas últimas seis semanas, período que permite observar tendências de longo prazo, o Estado apresentou aumento de novos casos de SRAG. Já nas últimas três semanas, recorte utilizado para análises sobre o curto prazo, a tendência passou a ser de queda. Ou seja, isso indica que o número de novas ocorrências pode ter atingido um teto, o chamado platô da curva de crescimento.
A cidade de Florianópolis, que também é contemplada pela análise da Fiocruz, tinha aumento a longo prazo e passou a ter tendência de estabilidade no curto, o que também sinaliza uma possível chegada ao pico do surto atual.
Essa avaliação não permite, no entanto, relaxar medidas, segundo a Fiocruz, já que tendências de curto prazo podem não se sustentar. O ideal, ainda de acordo com a entidade, é aguardar que análises futuras indiquem queda ou mesmo estabilidade dos novos casos na tendência de longo prazo, que corrige eventuais oscilações.
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Além disso, mesmo que perto de um platô, Santa Catarina ainda tem um patamar alarmante de casos, o que exige medidas para evitar mais ocorrências e tratar quem ainda está doente. Segundo a Fiocruz, a Grande Florianópolis tinha um nível muito alto de casos de SRAG na última semana, usada como base para a análise. Já as demais regiões tinham nível alto, o terceiro mais grave na escala de classificação da entidade.
Além de Santa Catarina, outros 22 Estados tiveram tendência de alta de casos graves de doenças respiratórias a longo prazo, segundo o boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz nesta quarta-feira (13), quadro que também se repetiu na média do país.
Ainda a nível nacional, dos casos de SRAG que tiveram resultado positivo para algum vírus respiratório em exame laboratorial nas últimas quatro semanas, 79,4% eram de Covid. Outras 5,9% eram de vírus sincicial respiratório. Influenzas A e B representaram 2,2% Influenza e 0,1% destes casos, respectivamente.
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