No mês de julho, 94.724 postos de trabalho foram perdidos no Brasil, queda de 0,24% no estoque de empregos em relação a junho, a maior parte disso nos setores de serviços e construção civil. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado nesta tarde pelo Ministério do Trabalho.

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Do total, 23.603 foram nos três Estados do Sul. Santa Catarina registrou perda de 5,8 mil, o sexto pior resultado entre os Estados brasileiros. Serviços, com perda de 3,7 mil, e indústria da transformação, com perda de 1,4 mil, lideraram os resultados ruins.

É o quinto mês consecutivo com saldo negativo em SC, que teve o pior resultado para o primeiro semestre em 14 anos. Apenas dois setores tiveram saldo positivo no Estado: administração pública (+112) e extração mineral (+2).

Embora o cenário seja ruim, em julho de 2015 foi pior, quando 14.770 vagas deixaram de existir em SC. Ao todo, os catarinenses perderam mais de 60 mil empregos no ano passado, a primeira vez que o Estado registrou saldo negativo em 14 anos. De janeiro a julho deste ano, foram embora 13.495 vagas.

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Florianópolis, São José e Joinville tiveram os piores resultados, com perda de 857, 599 e 563, respectivamente. Entre os municípios catarinenses com mais de 30 mil habitantes, Gaspar apresentou melhor saldo, com geração de 161 empregos.

No acumulado do ano, SC perdeu 13.483 postos. Mais da metade disso foi em Florianópolis, que tem sofrido nos setores de serviços e comércio.

Capital acumula perda de 7,4 mil empregos no ano, três vezes mais que o total registrado em 2015

Em julho, a liderança na região Sul ficou com os gaúchos, que perderam 12,1 mil postos. O Rio Grande do Sul foi o terceiro Estado que mais perdeu empregos no mês passado, atrás apenas de Minas Gerais (- 15.345 postos) e São Paulo (-13.795). No ano, a região Sul perdeu 61.433.

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Entre as unidades da federação, destaca-se Mato Grosso, que gerou 2.016 vagas em julho em razão do desempenho favorável no cultivo da soja.

Embora o país siga perdendo postos, a perda vem freando nos últimos meses. Em julho do ano passado, por exemplo, o país havia perdido 158 mil empregos. Nos últimos doze meses, o recuo no Brasil foi da ordem de 1.706.459 postos de trabalho, representando uma variação de negativa de 4,18%.

Santa Catarina tem pior saldo de empregos em 14 anos

Apenas dois setores tiveram saldo positivo em julho, ou seja, registraram mais admissões que desligamentos. Foi o caso da agricultura, que ganhou 4,2 mil empregos, e da administração pública, com incremento de 237 postos.

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Entre os demais setores, os que registraram as maiores perdas de emprego foram: serviços (-40.1470 postos ou – 0,24%), construção civil (- 27.718 postos ou -1,09%), comércio (-16.286 postos ou – 0,18%) e indústria de transformação (-13.298 postos ou -0,18%).