O governo de Santa Catarina pediu a revisão da portaria que define as quantidades de pesca para a safra da tainha em 2023, uma das principais atividades econômicas do litoral do Estado. A cota de captura estipulada para este ano é de 460 toneladas para o emalhe anilhado e a modalidade industrial, de cerco/traineira, foi proibida.
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O secretário da Agricultura, Valdir Colatto, enviou um ofício ao ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, solicitando a reavaliação da portaria. De acordo com a pasta catarinense, a cota deste ano é cerca de 32% da quantidade definida em 2022. O Estado pede que o patamar de captura seja igual ao da safra do ano passado.
“A cota de pesca da tainha ficou bastante inferior a dos anos anteriores, então nós argumentamos do ponto de vista técnico e econômico-sociais da necessidade de fazer esta revisão”, destaca o gerente de Pesca e Aquicultura da Secretaria de Agricultura de Santa Catarina, Sérgio Winckler.
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O Estado também pretende fomentar a discussão com os técnicos e com o setor produtivo das regiões Sudeste e Sul, que têm acompanhado e apoiado o processo de ordenamento da pesca da tainha nos últimos anos.
Reunião com o Ministério da Agricultura
O gerente de Pesca e Aquicultura, Sérgio Winckler, esteve reunido com o corpo técnico da Secretaria Nacional da Pesca Artesanal do Ministério da Aquicultura e Pesca nesta segunda-feira (6). O Estado foi informado de que nos próximos dias haverá uma discussão entre o Ministério de Aquicultura e Pesca e o Ministério do Meio Ambiente para avaliar a possibilidade de revisão da portaria.
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O Esatdo alerta que, caso não seja revista, a cota pode trazer transtornos econômicos e sociais para Santa Catarina, prejudicando centenas de famílias que já fizeram investimentos para a safra da tainha de 2023.
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