O cenário eleitoral em Santa Catarina ainda está indefinido, mas as movimentações apontam para baixa representatividade feminina. Na disputa pelo governo do Estado, não há pré-candidatas mulheres, e levantamento do Diário Catarinense aponta que apenas dois partidos estudam lançar candidaturas femininas ao Senado. 

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A pesquisa foi feita com as 12 siglas que têm representação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Apenas o PT confirmou a intenção de lançar candidatas. Os nomes, no entanto, ainda não foram apresentados pelas legendas.

O PT integra a Frente Democrática, que reúne ainda PSol, PDT, PSB, PCdoB, PV, Solidariedade e Rede. Em abril, as mulheres integrantes desses partidos emitiram uma nota conjunta cobrando representatividade.

“Estamos empenhadas na busca pelo fortalecimento das candidaturas das mulheres do campo progressista nas eleições de outubro e na representatividade delas na chapa majoritária”, diz o texto.

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Questionado, o PT respondeu que há nomes de mulheres dentro do partido que podem disputar a vaga ao Congresso Nacional.

As deputadas Luciane Carminatti e Ana Paula Lima e a vereadora de São Miguel do Oeste Maria Tereza Capra estão entre os nomes cogitados.

Retrospecto não é positivo

Em toda a história, Santa Catarina elegeu apenas uma mulher senadora. Ideli Salvatti chegou ao Congresso Nacional em 2003 pelo PT. Ela ficou no cargo até 2011 e depois assumiu o Ministério da Pesca e Aquicultura no governo Dilma Rousseff.

No pleito de 2018, duas mulheres concorreram: a própria Ideli e Miriam Prochnow (Rede). A petista ficou em 5º lugar recebendo 5,15% (336.449 votos). Já Prochnow levou 1,29%.

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Ao todo, 14 candidaturas foram apresentadas em 2018. Os senadores Jorginho Mello e Esperidião Amin (PP) foram eleitos.

Para as eleições de outubro deste ano, Luciano Hang era o favorito, mas acabou desistindo. Com isso, a candidatura de Dário Berger (PSB) pela Frente Democrática ao Senado ganhou mais atenção dos partidos. 

Até o momento foram apresentadas as pré-candidaturas de Jorge Seif pelo PL; e dos deputados estaduais Carlos Chiodini pelo MDB e Kennedy Nunes pelo PTB. O ex-governador Raimundo Colombo também é cogitado na disputa pelo cargo.

Eleição para governo de SC não terá mulheres

Nenhum dos partidos deve ter uma mulher como cabeça de chapa ao Executivo estadual. PL, União Brasil e PT não descartam ter candidatas vices, contudo nenhum nome foi anunciado.

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Na disputa ao governo do Estado os nomes de Jorginho Mello, Gean Loureiro (União Brasil), Dário Berger (PSB), Décio Lima (PT) e Antídio Lunelli (MDB). O atual governador também vai concorrer à reeleição.

Daniela Reinehr (PL) foi a primeira mulher a eleger-se vice-Ggovernadora no Estado e a primeira a ocupar interinamente o cargo de governadora, de 6 a 17 de janeiro de 2020, durante as férias de Carlos Moisés (Republicanos). Ela deve concorrer à Assembleia Legislativa neste pleito.

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