Santa Catarina não tem municípios com muito alta vulnerabilidade social, segundo índice divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (Ipea) na manhã desta terça-feira. A maior parte das cidades catarinenses está na faixa de baixa vulnerabilidade social, incluindo a capital Florianópolis. Além disso, 40% dos municípios do Estado estão na categoria de muito baixa vulnerabilidade social.

Continua depois da publicidade

Luzerna, no Meio-Oeste de SC, tem o menor índice do país

O índice de vulnerabilidade social (IVS) é medido a cada 10 anos nos 5.565 municípios brasileiros com base em três categorias: infraestrutura urbana, capital humano, e renda e trabalho (ver abaixo). A intenção é identificar onde estão as situações de exclusão e vulnerabilidade social para orientar medidas públicas.

De forma geral, o Ipea afirma que o Brasil apresentou uma redução de 46% nas cidades com alta ou muito alta vulnerabilidade social – saindo de 3.610 em 2000 para 1.981 em 2010. Todos indicadores apresentaram melhora na última década, com destaque o de Renda e Trabalho.

– Reflete a redução da informalidade, a redução do trabalho infantil e o aumento da ocupação – aponta o levantamento.

Continua depois da publicidade

Região Sul é destaque

A região sul é a que tem o melhor índice de vulnerabilidade social, de acordo com o levantamento do Ipea. Apenas uma cidade possui muito alto IVS: Charrua, no Rio Grande do Sul. Apenas outras 20 estão na faixa de alto IVS, com maior porção para o Paraná.

Também vem do Sul o melhor índice do país: a cidade de Luzerna, no Oeste de Santa Catarina. O pior índice está na cidade de Fernando Falcão, no Maranhão. A região Norte tem o pior índice do país e a maior concentração de cidades com muito alta vulnerabilidade social.

O que entra no cálculo de cada índice:

IVS INFRAESTRUTURA URBANA

Possui três indicadores: abastecimento de água e esgotamento sanitário adequados; coleta de lixo; tempo gasto no deslocamento entre a moradia e o trabalho.

IVS CAPITAL HUMANO

Possui seis indicadores: a mortalidade infantil; crianças e adolescentes até 14 anos fora da escola; mães precoces; mães chefes de família, com baixa escolaridade e com filhos menores de idade; baixa escolaridade domiciliar estrutural; e a presença dos jovens que não trabalham e não estudam.

Continua depois da publicidade

IVS RENDA E TRABALHO

Possui quatro indicadores: a desocupação de adultos; a ocupação informal de adultos pouco escolarizados; a existência de pessoas em domicílios que dependem da renda de pessoas idosas; assim como a presença de trabalho infantil.